Em audiência na Espanha, Sanfelice implorou para não ser deportado.
O empresário Luiz Henrique Sanfelice, 43 anos, afirmou ontem (1º) em audiência na Justiça espanhola que foi "torturado durante 28 dias em uma cela pequena, escura e com água na altura dos joelhos" no Brasil.
Condenado pela morte da jornalista Beatriz Helena de Oliveira Rodrigues, ele afirmou que presenciou pelo menos 16 assassinatos na prisão e que a polícia brasileira pediu 60 mil euros por sua liberdade. O réu implorou ainda que não fosse deportado, pois seria "enviado para a morte".
A quarta seção da divisão criminal da Audiencia Nacional (tribunal) ouviu Sanfelice nesta sexta-feira, preso em 4 de maio deste ano em Bollullos de la Mitacíon, em Sevilha, depois de ter fugido do Brasil quando estava em regime semiaberto. Ele foi condenado a 19 anos e três meses de prisão por ter queimado viva a ex-mulher dentro de um carro em 12 de junho de 2004, em Novo Hamburgo.
A promotora espanhola Teresa Sandoval pediu que Sanfelice seja extraditado ao Brasil e depois retorne à Espanha para cumprir o resto da pena. Porém, a defesa do réu considera isso "incoerente" e um gasto desnecessário para o governo de Madri. A defesa também destacou a constituição ibérica, uma vez que as prisões brasileiras são consideradas "desumanas", com 20 pessoas amontoadas em celas superlotadas.
Entenda o caso
A quarta seção da divisão criminal da Audiencia Nacional (tribunal) ouviu Sanfelice nesta sexta-feira, preso em 4 de maio deste ano em Bollullos de la Mitacíon, em Sevilha, depois de ter fugido do Brasil quando estava em regime semiaberto. Ele foi condenado a 19 anos e três meses de prisão por ter queimado viva a ex-mulher dentro de um carro em 12 de junho de 2004, em Novo Hamburgo.
A promotora espanhola Teresa Sandoval pediu que Sanfelice seja extraditado ao Brasil e depois retorne à Espanha para cumprir o resto da pena. Porém, a defesa do réu considera isso "incoerente" e um gasto desnecessário para o governo de Madri. A defesa também destacou a constituição ibérica, uma vez que as prisões brasileiras são consideradas "desumanas", com 20 pessoas amontoadas em celas superlotadas.
Entenda o caso
Apesar de ter denunciado o desaparecimento de Beatriz e participado de manifestações cobrando "Justiça e paz", o empresário foi preso uma semana depois do aparecimento do corpo, ainda em 2004, como principal suspeito. Aproveitando-se do regime semiaberto, ele fugiu do País depois de ter obtido a cidadania espanhola.
Em agosto deste ano, a Justiça espanhola já havia negado pedido para responder o processo em liberdade. A defesa de Sanfelice tenta garantir que seu cliente cumpra a pena no sistema penitenciário de Madri.
(Fonte: Zero Hora)
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