O advogado Ércio Quaresma Firpe não é mais o advogado do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes no julgamento pelo seqüestro e assassinato de Eliza Samúdio., que era amante do atleta.
Nesta segunda-feira, Bruno decidiu designar o criminalista paranaense Claudio Dalledone Junior para defendê-lo da acusação de envolvimento com os crimes. O advogado prestava serviços para Luiz Henrique Romão, o Macarrão, também acusado de participação no episódio. Dalledone trabalhará de forma exclusiva para o ex-atleta flamenguista.
- O sentido da minha defesa continuará o mesmo, o debate sobre a falta de prova pericial e medicina legal - disse Dalledone, que se reuniu com o novo cliente na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Dalledone convidou Quaresma para que ele participasse do encontro, mas não quis comentar qual a reação do ex-advogado de Bruno ao ser informado sobre a decisão.
- O convidei por uma questão ética, tudo de acordo com o que manda a lei e bom senso - disse o advogado, que encaminhou documento ao Fórum de Contagem solicitando a alteração na defesa de Bruno.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção Minas Gerais, marcou para dia 30 deste mês, terça-feira, o julgamento pelo Tribunal de Ética e Disciplina da entidade do processo disciplinar ao qual Quaresma responde.
Na última semana, o advogado deu declarações públicas dizendo que é usuário de crack e foi visto em um vídeo consumindo a droga. O episódio motivou a abertura do processo na OAB-MG, que na própria terça-feira poderá suspender o registro do advogado temporariamente, até que o processo disciplinar seja concluído.
Por meio de nota oficial, a OAB-MG informou que está à disposição de Quaresma para ajudá-lo no tratamento da dependência de drogas.
Segundo a diretoria da entidade, a sessão da próxima terça-feira será realizada com ou sem a presença do notificado. O julgamento não é aberto para a participação de terceiros, pois a sessão tem a participação exclusiva de membros do tribunal. Além deste, o advogado reponde a outros 10 processos disciplinares na OAB-MG. Em um deles, o defensor é acusado por familiares de Bruno de tê-lo ameaçado para que não trocasse de advogado.
Na tarde desta segunda-feira, Quaresma foi procurado em seu escritório, mas não foi encontrado. Os dois telefones celulares do advogado também estavam desligados
(Fonte: O Globo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário