Atualizado às 18h22'
Operação da PF prende 28 suspeitos no Rio; 22 são policiais
A operação Guilhotina, deflagrada pela Polícia Federal no Rio, prendeu 28 pessoas nesta sexta-feira. Entre os detidos estavam 16 policiais militares, seis policiais civis e outras seis pessoas não ligadas as duas corporações. A operação continuava às 11h40.
De acordo com a PF, os policiais presos tinham envolvimento com traficantes e com milícias. Ao todo, foram expedidos 45 mandados de prisão, sendo 11 contra policiais civis e 21 contra policiais militares --desses 13 atuavam como militares e oito estavam emprestados para a Polícia Civil.
Segundo a PF, os policiais se dividiam em quatro organizações: duas atuavam no fornecimento de armas e munições a traficantes de drogas; uma terceira estaria ligada a atividades de milícias que atuam em comunidades do Rio e também fornecia armas e munições ao tráfico; e outra faria segurança privada de grupos criminosos.
De acordo com o Ministério Público Estadual, que instaurou inquérito para apurar a conduta de policiais, a suspeita é que eles também se apropriavam de bens e valores confiscados em apreensões da polícia.
SUSPEITOS
A Seop (Secretaria Especial da Ordem Pública), do Rio, informou na manhã desta sexta-feira, por meio de nota, que vai exonerar o delegado Carlos Antônio Luiz Oliveira das funções de subsecretário de operações. Ele é um dos policiais procurados na operação Guilhotina.
Segundo a secretaria, Oliveira estava no cargo de subsecretário há pouco mais de um mês, tendo assumido em janeiro deste ano. A Seop afirmou ainda que vai 'acompanhar atentamente as investigações da Polícia Federal.'
A delegada Márcia Becker, titular da 22ª Delegacia de Polícia Civil, na Penha (zona norte), foi conduzida na manhã de hoje à sede da Polícia Federal devido à suspeita de que ela tenha protegido um inspetor com prisão decretada na operação.
O inspetor Cristiano Gaspar Fernandes, que seria filho do chefe de uma milícia, telefonou para a delegada quando ocorria busca e apreensão na delegacia. O chefe de milícia é Ricardo Afonso Fernandes e atua em Ramos, zona norte do Rio.
Cristiano, lotado na 22ª, supostamente pediu para Becker mentir que ele estava de férias. A suspeita é que a delegada tenha concordado, segundo uma fonte da PF, favorecendo dessa forma o inspetor.
INVESTIGAÇÃO
As investigações que levaram a operação tiveram início durante uma ação policial, ocorrida em 2009, que era conduzida pela Delegacia da Polícia Federal em Macaé --denominada "Operação Paralelo 22", que tinha o objetivo prender o traficante Rogério Rios Mosqueira, conhecido como 'Roupinol', que atuava na favela da Rocinha junto com o traficante "Nem".
A partir daí, duas investigações paralelas foram iniciadas, uma da Corregedoria Geral Unificada da Secretaria de Segurança do Rio e outra da Superintendência da Polícia Federal no Rio. A troca de informações entre os serviços de inteligência das duas instituições deu origem ao trabalho conjunto de hoje.
O objetivo da ação desta sexta-feira é "dar fim à atuação de um grupo criminoso formado por policiais --civis e militares-- e informantes envolvidos com o tráfico ilícito de drogas, armas e munições, com a segurança de pontos de jogos clandestinos (máquinas de caça-níqueis e jogo do bicho) e venda de informações sigilosas".
As forças estaduais destacaram 200 homens, além de dois helicópteros e quatro lanchas. As equipes da Polícia Federal empregam um efetivo de 380 homens.
Fonte: Folha On Line
A Polícia Federal fez na manhã desta sexta-feira (11), no Rio de Janeiro, a Operação Guilhotina para prender policiais civis e militares acusados de corrupção e de manter ligação com traficantes de droga. Ao todo, cerca de 600 agentes, entre policiais federais e das forças estaduais, cumprem 45 mandados de prisão preventiva, sendo 11 contra policiais civis e 21 contra policiais militares, e 48 mandados de busca e apreensão. As ações são da Secretaria de Segurança Pública e do Ministério Público Estadual.
A operação conta com o apoio de dois helicópteros e quatro lanchas. Segundo informações da PF, as investigações começaram a partir do vazamento de informações durante outra operação policial, com o objetivo de prender o traficante conhecido como Rupinol, que atuava junto com Antonio Bonfim Lopes, o Nem, apontado como chefe do tráfico nas favelas da Rocinha e Vidigal, em São Conrado , zona sul da cidade.
“A partir daí, duas investigações paralelas foram iniciadas, uma da Corregedoria-Geral Unificada da Secretaria de Segurança do Rio e outra da Superintendência da Polícia Federal/RJ. A troca de informações entre os serviços de inteligência das duas instituições deu origem ao trabalho conjunto desta manhã”, afirma a nota divulgada na manhã de hoje pela PF.
O documento também informa que entre os integrantes do esquema estão informantes das polícias civil e militar envolvidos com o tráfico de droga, de armas e de munições, com a segurança de pontos de jogos clandestinos (máquinas de caça-níqueis e jogo do bicho), venda de informações a policiais e conchavo com milícias. Eles também, segundo a PF, são responsáveis pelo roubo de produtos apreendidos durante operações policiais, como ocorrido na recente operação de ocupação do Complexo do Alemão.
Outros detalhes da Operação Guilhotina serão apresentados durante entrevista coletiva, marcada para as 10h30, na Sede da Superintendência da Polícia Federal, na zona portuária do Rio de Janeiro.
Fonte: Agência Brasil
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