O empresário Luiz Henrique Sanfelice foi ouvido na manhã de hoje, em audiência perante uma comissão da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), para explicar as razões pelas quais empreendeu fuga.
Segundo a advogada do empresário, Gabriela Ruschel Michaelsen, que acompanhou o depoimento, Sanfelice nunca teve a intenção de fugir e, inclusive, sempre compareceu ao local onde trabalhava, na época em que estava no semiaberto.
A advogada explica que depois de Sanfelice ter progredido para o regime semiaberto, em 2007, o Ministério Público recorreu da decisão, alegando a necessidade de um exame criminológico mais completo.
— Seria necessário que ele retornasse ao regime fechado para a realização do exame. Ele, então, se apavorou. Saiu para trabalhar e não voltou mais — disse.
Segundo Gabriela o exame solicitado pelo MP não era obrigatório.
— O próprio STJ considerou o exame desnecessário, liberando Sanfelice para permanecer no semiaberto. Chegamos entrar com um habeas-corpus, mas ele não foi mais localizado.
A advogada de Sanfelice tem prazo até a próxima segunda-feira para apresentar uma defesa escrita à comissão da Susepe. Depois, o documento será encaminhado ao juiz Eduardo Almada, da Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre, que se dedica a julgar fugas e faltas graves cometidas por apenados na Região Metropolitana, para decidir se o condenado permanecerá cumprindo pena no regime semiaberto ou regressará para o fechado.
(Com informações de Zero Hora)
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