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domingo, abril 24

Contêineres: sem sede definitiva, UPPs do Rio improvisam

Sem sede definitiva, UPPs do Rio improvisam em contêineres


Em todas as comunidades do Rio de Janeiro, a missão é a mesma: ocupar a região e garantir a paz aos moradores. Mas em algumas favelas onde Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) já foram implantadas, os agentes da Polícia Militar não contam com sedes definitivas. Instalados provisoriamente em contêineres, eles alegam que o espaço é pequeno e que não comportam o efetivo da unidade, nem mesmo os que fazem serviços burocráticos.

Enquanto as sedes definitivas de algumas UPPs, que serão construídas em alvenaria, não ficam prontas, os batalhões das áreas servem de base para a tropa. É lá que os PMs trocam a farda e pegam o armamento para trabalhar.

Inaugurada em setembro, a UPP do Turano, no bairro do Rio Comprido, é uma das que esperam pela base definitiva. Com 180 agentes, ela funciona em dois contêineres pequenos na rua Aureliano Portugal. A unidade sofre ainda com outro problema: a via é estreita e sem saída, o que dificulta a manobra das viaturas e dos carros dos moradores.

À frente do Comando de Polícia Pacificadora (CPP), o coronel Robson Rodrigues reconhece que as instalações não são as mais adequadas e já providenciou contêineres maiores, como há no Morro dos Macacos, em Vila Isabel. "As próximas unidades serão nesses moldes", disse ele. Com a construção da sede permanente da UPP de Macacos, o módulo instalado na comunidade passará a ser usado como base comunitária da unidade, projeto que prevê essas instalações em todas as favelas pacificadas.

O oficial encaminhou à Secretaria Estadual de Segurança (Seseg) projeto para a construção das sedes definitivas. "Já temos os locais escolhidos. Esperamos apenas a liberação dos recursos", explicou o comandante do CPP. O dinheiro virá das doações de empresários em acordo assinado com a secretaria.

A ideia do Comando de Polícia Pacificadora (CPP) de ter uma sede definitiva para as UPPs é fazer com que elas fiquem cada vez menos dependentes dos batalhões de área. Os imóveis terão estrutura de um batalhão, como alojamento e local até para guardar as armas das UPPs. "As favelas agora estão tranquilas", afirmou o coronel Robson.

Nova sede

Quase dois anos e meio depois de instalada a primeira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), o programa vai se tornar mais tecnológico. Na segunda-feira, o CPP ganhará uma van Sprinter adaptada para que o gabinete do comandante, coronel Robson Rodrigues, possa funcionar dentro das comunidades pacificadas, e não mais no QG da PM, no Centro. O projeto é do tenente Lima Ramos, e o veículo foi doado pela Light.

O carro é equipado com monitores de LCD e câmeras com capacidade para captar e gravar imagens a uma distância maior que 50 metros. O veículo transporta até 12 pessoas e pode até se transformar em uma sala de reuniões. "É uma maneira de nos aproximarmos ainda mais da comunidade ouvindo os moradores, vendo de perto o que eles precisam e ainda nos permite monitorar os policiais", explicou o coronel Robson.
Fonte: Terra Notícias

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