Uma sequência de apreensões de drogas com passageiros do exterior levou a Polícia Federal (PF) a incluir o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), na rota do tráfico internacional. Neste ano já foram nove casos - três só na primeira semana -, contra quatro no ano passado.
A PF atribui o aumento à retomada dos voos regulares internacionais, após quase duas décadas de interrupção. Antes de junho, quando a TAP Portugal começou a fazer três voos semanais para a Europa, não havia sido registrada nenhuma apreensão. Em dezembro, a uruguaia Pluna passou a operar seis voos por semana para Montevidéu, com conexões para Buenos Aires e Santiago. A American Airlines também entrou com pedido para operar voos em Campinas.
Em comparação com o início do ano passado, o número de passageiros triplicou, mas a estrutura da PF não acompanhou esse crescimento. Enquanto o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e o Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, têm delegacia, o de Viracopos conta só com um posto da PF.
Um policial federal que pediu para não ser identificado contou que o único equipamento para detectar drogas é o raio X. Nas últimas apreensões, segundo ele, agentes usaram "olhômetro", ou seja, a simples observação no check-in. O serviço de internet para checar prontuários é lento e sujeito a panes. E as pessoas envolvidas nos casos são levadas para a delegacia do centro de Campinas.
O delegado Jessé Coelho de Almeida, da Comunicação Social da PF de Campinas, disse que a estrutura está sendo melhorada. "Não temos gente sobrando, mas também não está um caos." No ano passado, agentes ganharam reforço de uma cadela labradora para farejar drogas e o posto de Viracopos passou a contar com delegado titular. Segundo ele, o treinamento dos policiais supre eventual falta de equipamentos.
Fonte:O Estado de Sāo Paulo
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