A Brigada Militar (BM) admitiu a falha no detector de tiros do bairro Guajuviras, em Canoas, instalado próximo ao local onde um açougueiro foi morto, em frente ao filho, no domingo. Segundo o comandante do 15º Batalhão de Polícia Militar, coronel Mario Ikeda, o equipamento deve passar por análise da empresa americana responsável pela manutenção, mas ele explicou que o sensor garante a detecção de 80% dos disparos realizados no perímetro.
Desde que passou a operar, o sistema reduziu em 54% o número de homicídios no Guajuviras. Segundo o coronel, o detector pode não ter identificado nenhum disparo ou ter falhado ao tentar acionar a Brigada Militar.
O homem de 47 anos foi morto em frente ao filho adolescente a cerca de 100 metros de um dos equipamentos de detecção de tiros instalado no bairro. Dois homens anunciaram o assalto às 14h, enquanto Valmir Oliveira Silveira fazia churrasco para vender. Segundo o relato do filho, o pai foi morto sem reagir e após ter entregue uma quantia em dinheiro aos assaltantes. A mãe do açougueiro, que é idosa, passou mal e desmaiou minutos depois do crime.
A polícia suspeita de latrocínio, mas não descarta a possibilidade de execução. De acordo com o titular da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, delegado Silvio Huppes, a investigação tenta identificar outras possíveis testemunhas do crime.
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