Os detentos do principal presídio de Goiás ganharam uma nova opção de trabalho. Na última semana (11/8), foi inaugurado um galpão de 600 metros quadrados no Complexo de Aparecida de Goiânia, onde vai funcionar uma oficina de tecelagem com 50 teares. O objetivo é ensinar presos do regime fechado a fazer tapetes, objetos de decoração e outros produtos a partir do algodão.
O juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Márcio Fraga, representou o Conselho na cerimônia. Os presos capacitados farão parte do Começar de Novo, programa do CNJ para reinserção social de detentos por meio do trabalho e do estudo.
Cerca de 1,5 mil pessoas cumprem pena no regime fechado no complexo prisional da Região Metropolitana de Goiânia. A oficina faz parte do projeto "Tecendo a Liberdade", parceria do Poder Judiciário com o governo estadual, a prefeitura do município e Organização das Voluntárias de Goiás (OVG).
Profissão - A juíza da 4ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia, Telma Marques, explicou que a proposta é criar uma cooperativa com os presos e comercializar os produtos da oficina, dividindo a receita entre os cooperados. "Mas o dinheiro não é o principal. O importante é que o apenado aprenda uma profissão, aprenda a conviver num ambiente de trabalho ao mesmo tempo em que está remindo sua pena", afirmou a magistrada.
A secretaria de Cidadania da Prefeitura vai capacitar os detentos e detentas que quiserem. Um grupo de idosas que participa de uma oficina mantida pela Prefeitura vai ensinar no presídio.
O coordenador-geral da OVG, Afreni Gonçalves, disse que ensinar um ofício a um condenado pode gerar benefícios para a sociedade. "Manter um preso sob custódia custa muito ao Estado. Quando recuperamos a autoestima de um detento, minimizamos o custo para a sociedade", afirmou.
Fonte: Agência CNJ de Notícias
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