Pesquisar este blog

terça-feira, agosto 9

Deu no New York Times: Cães adestrados minimizam sofrimento de vítimas e testemunhas em casos de abusos sexuais


Rosie em frente a um Tribunal


Uma matéria interessante no Jornal New York Times noticia sobre os chamados ‘cães de terapia’, que são treinados para reconfortar pessoas submetidas a stress nos tribunais americanos, especialmente quando precisam testemunhar acerca de abusos de natureza sexual.

Vem chamando atenção uma tendência em julgamentos nos Estados americanos como Arizona, Idaho e Indiana, entre outros, nos quais se tem permitido que cães treinados ofereçam às crianças e outras testemunhas vulneráveis uma espécie de conforto ou consolo, uma compensação, apta a minimizar os sofrimentos de quem precisa testemunhar.

Os cães são verdadeiros facilitadores de testemunho, pois estando as vítimas e testemunhas mais tranqüilas, confortadas, tendem a prestar um depoimento mais fidedigno. A presença do cão faz com que as testemunhas suportem com mais serenidade a provação de testemunhar, especialmente se elas forem crianças.

Não obstante a maioria das opiniões serem favoráveis a presença dos chamados cães de terapia, há quem argumente que o comparecimento dos animais em juizo pode influenciar injustamente a decisão dos jurados, pela empatia natural que eles (os cães) possuem.

No centro das experiências está a cadela ‘Rosie’, uma golden retriever, que vêm participando de julgamentos, confortando crianças traumatizadas, especialmente as vítimas de estupro.

Em um julgamento em Nova Iorque em que a cadela ‘Rosie participou estava testemunhando uma menina de 15 anos que havia sido estuprada pelo pai, tendo restado grávida dessa experiência. ‘Rosie’ sentou-se ao pé da adolescente, e momentos particularmente dolorosos do seu depoimento a jovem obtinha forças e consolo abraçando o animal.

Segundo alguns defensores americanos, nesse pequeno gesto – abraçar o animal – há uma mensagem inconsciente, subliminar para os jurados: de que o estresse da adolescente decorria do fato dela estar dizendo a verdade e, portanto, ser culpado o acusado.  

A primeira experiência desse tipo nos Estados Unidos foi em 2003, quando a acusação ganhou permissão para que um cachorro, chamado Jeeter, participasse de um julgamento também por abuso sexual.

À margem das discussões entre acusação e defesa a respeito do uso dos cães terapia, o que se sabe sobre Rosie é que nas últimas semanas ela passou parte do seu tempo com duas meninas, com idades entre 5 e 11 anos, que se preparam para testemunhar contra o homem acusado de homicídio praticado contra a mãe das meninas, que foi assassinada a facadas.

Parece que vem prevalecendo a ideia dos promotores americanos de que os cães aliviam o stress e o trauma das crianças, e isso facilita a que elas sejam firmes e tomem uma posição estável em seus depoimentos.

Leia a matéria na origem clicando AQUI.

Nenhum comentário: