O prefeito de Charqueadas, Davi Gilmar de Abreu Souza, afirmou que a transferência de detentos do Presídio Central para as prisões de Charqueadas pode causar um problema no município, podendo provocar um colapso no sistema prisional.
Em entrevista ao Programa Guaíba Cidades, afirmou que o problema da superlotação nos presídios não será resolvido promovendo a transferência de presos de um lugar para outro.
O juiz da Vara de Execuções Penais, que também foi entrevistado por telefone, deu razão ao prefeito mas destacou que a Susepe não tem uma solução a curto prazo. Alexandre Pacheco não descartou a possibilidade de fazer uma intervenção em Charqueadas para estabelecer um teto ao ingresso de novos detentos.
Esclareceu que o orçamento deste ano está comprometido para o pagamento de obras do ano passado, o que impede providências imediatas como a conclusão de obras em andamento em Charqueadas e Montenegro, que devem liberar outras 1.000 vagas até o fim do ano. Pacheco lembrou que nos governos Britto e Rigotto não foram promovidas obras para ampliar a capacidade prisional no Estado, cujo déficit é estimado em 12.000 vagas.
Já o Superintendente da Susepe disse que as obras do Presídio Pio Buck já estão terminadas, mas a unidade ainda segue interditada. Gelson Treisleben lembrou que pelo menos 110 presos do semi-aberto estão no Presídio Central e devem ser transferidos após a liberação da casa prisional.
Disse que a Susepe segue trabalhando na diminuição do efetivo no Central. Ao ser questionado sobre a situação de Charqueadas, disse que as obras para desafogar o sistema carcerário são demoradas e a situação não se resolve da noite para o dia. Lembrou que a Superintendência estima que até o fim do ano a unidade de Arroio dos Ratos deve ser concluída, além das obras em andamento em Charqueadas e Montenegro. Esclareceu que no Estado existem 20 mil vagas para 30 mil presos.
Fonte: Site Clóvis Duarte
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