A acusada Priscila |
Desacordada, Fernanda Fernandes foi de maca ao Hospital Beneficência Portuguesa. Uma escolta policial aguardava a liberação médica para levá-la até a cadeia, em Avaí.
Ela é investigada como coautora dos crimes. Seus filhos afirmaram à polícia que por diversas vezes procuraram a ajuda da mãe para denunciar os atos do advogado, mas que nada era feito. Os filhos registraram ainda um boletim de ocorrência denunciando que a mãe esteve na casa da cunhada - que tem a guarda provisória deles - e tentou agredi-los fisicamente.
A Justiça decretou a prisão preventiva do casal. Acusado de abusar de quatro pessoas e ex-presidente da Comissão dos Direitos Humanos da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Bauru, o advogado prestou depoimento de mais de quatro horas e deve ser levado para a cadeia de Barra Bonita.
Sua filha afirmou que foi abusada dos 8 aos 16 anos. Já a cunhada disse ter sido vítima dos 8 aos 10 anos. A sobrinha, terceira vítima, teria sido abusada quando tinha 10 anos. A quarta vítima, o filho de Fernandes, hoje com 9 anos, afirmou que os abusos são recentes.
Após nove horas de depoimento, a delegada Priscila falou em dever cumprido ao comentar as prisões. Ela informou que o processo corre em segredo de Justiça e que não poderia comentar o que ouviu dos acusados nas oitivas. "Posso afirmar que saio com a sensação de dever cumprido nessa noite, o trabalho da polícia foi feito." A delegada deverá encaminhar o inquérito para a Justiça no final da tarde da próxima segunda-feira, 3 de outubro.
O acusado Sandro |
O defensor do casal chamou a atenção para o interesse econômico existente no caso. "É o primeiro caso que se tem conhecimento em que, antes de uma ação penal, se promove uma ação indenizatória por danos morais", disse Ricardo Ponzetto. O advogado afirma que as denúncias feitas nunca aconteceram e que cabe às vítimas prová-las. Para ele, a filha de seu cliente, por ter feito um curso de atriz, está encenando.
"Às escondidas, enquanto o casal prestava depoimento e se ocupava o tempo da defesa, foi feito um pedido de prisão cautelar afirmando que o acusado não estaria predisposto a se submeter a uma eventual decisão da Justiça", criticou Ponzetto, acrescentando que, na próxima semana, a defesa irá bater às portas da Justiça contra a decisão tomada hoje e pedir providência junto ao Ministério Público sobre a exposição midiática que a criança sofreu.
Fonte: Terra Notícias
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