A Operação Cash da Polícia Federal em Santa Cruz do Sul prendeu na manhã de hoje, 30 de setembro, três indivíduos. A quadrilha sacava dinheiro em contas correntes a partir de cartões clonados. As senhas eram obtidas a partir de filmagem em terminais. Foram expedidos 5 mandados de prisão na cidade de Cachoeira do Sul, sendo efetiva a prisão de 3 investigados. Os outros 2 estão foragidos.
Os investigados instalavam equipamentos eletrônicos em painéis semelhantes aos verdadeiros, na parte frontal dos caixas eletrônicos contidos dentro dos postos de atendimento das agências bancárias – os famosos “chupa-cabras”. Nos caixas eletrônicos colocavam avisos escritos em folhas comuns, pedindo aos usuários que se dirigissem ao caixa ao lado, informando que o equipamento estaria em manutenção, forçando, assim, os correntistas a usarem somente o equipamento onde o “chupa-cabras” estava instalado. Horas depois os criminosos voltavam ao local e retiravam os equipamentos com os dados dos cartões clonados e as imagens das senhas numéricas digitadas.
Em bancos como a Caixa Econômica Federal (foco principal das investigações da Polícia Federal por se tratar de empresa pública federal), os criminosos utilizavam as informações dos correntistas em caixas eletrônicos de postos conjugados com o Banco do Brasil, nos quais não são solicitadas as senhas monossilábicas, o que facilitava a ação da quadrilha.
As investigações duraram dois meses, tempo que os policiais federais precisaram para obter as filmagens da quadrilha instalando e retirando os equipamentos dos caixas eletrônicos, identificar os suspeitos e os veículos utilizados, assim como a “base” estabelecida por eles no município de Cachoeira do Sul (RS), onde um indivíduo gaúcho se uniu com cearenses, um deles já preso pela PF em 2006 pela prática de fraudes no Ceará.
Foi identificada também uma outra gaúcha que auxiliava na instalação e retirada dos “chupa-cabras” dos caixas eletrônicos e fazia uso de identidade falsa, já que estava foragida em virtude de um mandado de prisão expedido pela Justiça Paulista. Outros dois envolvidos (um deles de Fortaleza), também já tinham mandado de prisão em aberto.
Os investigados estão respondendo pelos crimes de quadrilha ou bando, falsidade ideológica, uso de documento falso, estelionato qualificado e dano qualificado. As penas somadas variam entre 5 e 23 anos de prisão e multa.
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