Ação do Gaeco prendeu 12 pessoas, incluindo a primeira-dama da cidade.
Prefeito nega irregularidades em empresas de sua família.
Ao menos cinco empresas são suspeitas de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro que levou à prisão da primeira-dama de Limeira, Constância Félix, e de outras 11 pessoas na manhã desta quinta-feira (24).
Segundo o promotor Enzo Boncompagni, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, pelo menos duas dessas empresas são fantasmas.
A investigação começou há cerca de seis meses, após uma série de denúncias. De acordo com o MP, os sócios e proprietários das empresas investigadas tinham em seus nomes patrimônios muito superiores e incompatíveis com suas rendas comprovadas. Imóveis como prédios, terrenos e flats em nome dos sócios dessas empresas totalizavam cerca de R$ 22 milhões.
"Esse número inclui o valor de mercado de apenas alguns imóveis. Em outros, foi considerado o valor venal", afirmou Boncompagni.
A Promotoria também apura a possibilidade de a primeira-dama ter desviado dinheiro de ordem pública. “Nós iremos analisar a documentação apreendida para descobrir de onde vem o dinheiro que comprou esses imóveis”, afirmou o promotor. Além da prisão, foram apreendidos durante a operação documentos e computadores nas casas dos suspeitos.
Além da investigação por lavagem de dinheiro, a Promotoria apura se o grupo cometeu os crimes de formação de quadrilha, sonegação fiscal, furto qualificado e falsidade ideológica.
Os imóveis ficam em Mogi Mirim, São Carlos, Piracicaba, Limeira e São Paulo. Foi pedido o sequestro de R$ 21 milhões e de todos os bens registrados nos nomes dos suspeitos. Cerca de 50 imóveis foram embargados.
Segundo o prefeito de Limeira, Sérgio Félix, tudo que está registrado em sua família está devidamente regularizado. "Se é de alguma empresa de minha família, não há dúvida de que é lícito. Confio na Câmara Municipal de vereadores e nas investigações do MP para que tudo seja apurado. Estarei sempre à disposição." Ele acrescentou que sua família possui apenas duas empresas -entre elas a Fênix Plantas, que emprega dois dos detidos nesta quinta.
O promotor Cléber Rogério Masson disse que Félix não será investigado no momento por participação no esquema por possuir foro especial. Isso impede que o prefeito seja alvo de investigação em primeira instância.
Fonte: Site G1
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