A empregada da idosa suspeita de mandar matar o próprio
filho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para poder administrar os
bens da família, afirmou que a mãe comemorou ao saber que os assassinos haviam
concluído a execução, de acordo com o RJTV.
Em depoimento à polícia, a doméstica Maria José da Silva
contou que, na comemoração, a patroa, Maria Selma dos Santos, de 70 anos,
chegou a dizer que o filho, José Fernandes dos Santos, tinha “ido para o
inferno”. A mãe, a empregada e Isaac Paulo de Moraes, um dos suspeitos de executar
o assassinato, estão presos temporariamente, por 30 dias, em Bangu, na Zona
Oeste do Rio.
A família Dos Santos é bastante conhecida em Duque de
Caxias. O avô de José Fernandes foi prefeito por duas vezes da cidade, e também
exerceu um mandato à frente da Prefeitura de Rio Bonito, no interior do estado.
A família também era dona de um cartório em Caxias. Hoje de
manhã, os vizinhos de Maria Selma estavam chocados.
Maria Selma foi presa, na terça-feira (22), acusada de
encomendar a morte do próprio filho. Ela pagou R$ 20 mil para que um assassino
cometesse o crime. De acordo com as investigações, ela queria administrar os
bens da família, entre eles vários imóveis, que estavam nas mãos de José
Fernandes, filho dela.
Testemunhas com mesmo advogado
A mulher, então, pediu que a empregada encontrasse alguém
para matar o filho. Maria Jose´foi a única que confessou participação no
assassinato. A polícia acusa Isaac de ter matado José Fernandes com quatro
tiros, em 29 de novembro de 2011.
Os investigadores desconfiaram da idosa depois que várias
testemunhas do caso prestaram depoimento acompanhados de um mesmo advogado.
“Nós nunca tínhamos visto a mãe de uma vítima contratar advogado para
acompanhar depoimento de testemunhas para o esclarecimento da morte do filho”,
disse o delegado Márcio Esteves, da 59ª DP (Duque de Caxias), que está à frente
do caso.
Foi uma investigação de seis meses. O delegado ficou muito
impressionado com os dois primeiros depoimentos de Maria Selma. “No primeiro
depoimento, acompanhado do advogado dela, Maria Selma disse que o filho era
muito calado e que não tinha conhecimento das atividades do filho.
Em nenhum momento ela demonstrou, ou levantou suspeita de
ser a mandante do crime”, afirmou Esteves. “A equipe de policiais, a princípio,
não desconfiou de nada. Só no decorrer das investigações chegamos a essa
conclusão”, complementou.
Fonte: Site G1
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