Número de homicídios cresceu 13,7% no mês passado, apesar da criação de
força-tarefa policial
Apesar de ações das autoridades para conter a escalada dos
homicídios no Estado, indicadores divulgados ontem pela Secretaria da Segurança
Pública mostram que será necessário ampliar os esforços para reduzir essa
modalidade de crime.
No mês passado, o número de assassinatos cresceu 13,7% em
relação a maio de 2011. Nos cinco primeiros meses de 2012, foi registrado um
crescimento de 25,8% dos homicídios na comparação com o mesmo período do ano
passado.
Ouso da polícia ostensiva é uma das medidas apontadas pelo
secretário adjunto da Segurança, Juarez Pinheiro, para tentar reduzir o índice.
Segundo ele, apenas 5% dos presos por homicídios são indiciados:
– A impunidade aumenta em progressão geométrica.
Aportar recursos para investigação e perícia e promover
diálogo entre Ministério Público e o sistema judiciário também estão entre as
soluções propostas por Pinheiro, para quem o enfrentamento à criminalidade não
se resume à questão judicial.
Secretário adjunto destaca dados da Região Metropolitana
O Rio Grande do Sul segue a tendência de Estados como Bahia,
Ceará, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal. Para estudar medidas de
redução desses índices em nível nacional, Pinheiro participa hoje do lançamento
da campanha de enfrentamento aos homicídios pelo governo federal.
Como observador, o secretário adjunto vai verificar como o
Estado pode ajudar a baixar a média de homicídios no Brasil, atualmente em 27,2
a cada 100 mil habitantes. A recomendação da ONU é de, no máximo, 10 a cada 100
mil.
Segundo Pinheiro, a força-tarefa da Brigada Militar – que
desde o início de maio deslocou cerca de 200 PMs do Interior para Porto Alegre,
Alvorada, Gravataí, Viamão e Canoas – está começando a melhorar os índices na
Região Metropolitana, sem prejudicar as áreas que tiveram os efetivos de
policiais diminuídos, como a Zona Sul e Fronteira Oeste.
Outro indicador que também registrou aumento em maio foi o
roubo de veículos: houve 927 registros do crime em maio de 2011, contra 1.014
no mês passado, uma variação de 9,3%. No acumulado dos cinco meses, a variação
foi menor, mas cresceu 2,59%.
Ao avaliar as razões para o avanço do números de casos, a
delegada de Roubos Vivian do Nascimento afirma que as quadrilhas estão soltas
devido a brechas legais.
– Há muitos criminosos soltos por causa de conflito de
jurisdição e do excesso de prazo nas prisões preventivas. Os presos não são
julgados em 180 dias e acabam sendo soltos – afirma Viviane.
Segundo a delegada, essas circunstâncias geram o fenômeno
prende-e-solta. Outro motivo, segundo ela, é que na maioria dos casos a vítima
não consegue reconhecer o assaltante.
O delegado Juliano Ferreira afirma que o aumento dos
registros dos casos pode explicar os números em alta:
– O que pode ocorrer é que os cidadãos passaram a registrar
mais devido à confiança no trabalho que vem sendo realizado pela polícias Civil
e Militar.
Na prática, a impressão de Ferreira é de que o roubo
permanece estável.
Fonte: Site Zero Hora
Comentário meu: Em Pelotas, nos primeiros seis meses do ano, foram registradas 29 mortes violentas, numa média de 4.83 mortes por mês.
Comentário meu: Em Pelotas, nos primeiros seis meses do ano, foram registradas 29 mortes violentas, numa média de 4.83 mortes por mês.
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