Escrivães e delegado teriam
exigido R$ 60 mil para não prender homem.
Um detetive particular também foi
preso em flagrante pela Corregedoria.
Foi preso no início da tarde desta quarta-feira (31) o
terceiro policial suspeito de extorquir um traficante em Porto Alegre. Segundo
a Corregedoria da Polícia Civil (Cogepol), os três policiais, entre eles o
delegado titular da 16ª DP, localizada no bairro Restinga, teriam exigido R$ 60
mil de um suposto traficante para não prendê-lo.
O escrivão foi encontrado no apartamento de familiares,
próximo ao viaduto Obirici, na Zona Norte da capital gaúcha. Conforme o
delegado titular da Delegacia de Feitos Especiais, Paulo Rogério Grillo, o
suspeito resistiu inicialmente à prisão, mas se entregou após negociação com um
advogado.
Ele será encaminhado ao Grupamento de Operações Especiais
(GOE), no Palácio da Polícia, onde já estão detidos os outros dois policiais suspeitos.
O trio teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na terça-feira (30). O
delegado se entregou na noite do mesmo dia. O outro escrivão foi preso na 3ª
Delegacia da Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), onde trabalhava.
Além dos três policiais, um detetive foi preso em flagrante
no dia 18 de outubro, próximo ao Hospital Cristo Redentor.
O local foi escolhido para a entrega da primeira parte do
pagamento da extorsão. Mas antes de comparecer ao encontro, a vítima denunciou
os policiais à Cogepol, que investigou o caso e armou o flagrante.
“Os policiais estiveram revistando a casa do homem pela
manhã, sem mandado. Não encontraram nada e passaram a exigir dinheiro dele.
Olhamos as imagens da câmera de segurança do condomínio e tomamos o depoimento
de vários familiares. A partir daí, começamos a investigar”, conta o delegado
Grillo.
Enquanto o detetive particular se encontrava com a vítima de
extorsão, os dois escrivães esperavam pelo dinheiro em um posto de combustíveis
nos arredores do hospital. Eles fugiram do local quando perceberam a
movimentação policial, mas tiveram a presença registrada pelas câmeras de
segurança do estabelecimeto.
Segundo a Cogepol, o três policiais possuem antecedentes por
crimes como peculato e concussão, além de outros processos administrativos.
Eles devem ser indiciados por extorsão e formação de quadrilha.
O detetive particular também vai responder pelos mesmos
crimes, além de porte ilegal de arma de fogo. Ele está Presídio Central. Já a
vítima de extorsão cumpriu pena por tráfico de drogas e não tem mais obrigações
com a Justiça.
Fonte: Site G1RS
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