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domingo, novembro 25

Operação Sucesso fecha laboratório de entorpecente similar ao lança-perfume e apreende drogas sintéticas


Sete pessoas foram indiciadas e veículos e dinheiro foram apreendidos, além das drogas
Agentes da 1ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (DIN), do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), desarticularam durante os últimos 30 dias, na Operação Sucesso, um grupo de indivíduos suspeitos de tráfico que agia na Capital e região metropolitana. 

A ação recebeu este nome devido ao apelido que usuários e traficantes de drogas sintéticas têm dado às substancias similares ao lança-perfume. Um laboratório – que distribuía o produto para a Capital e Região Metropolitana – foi fechado em Gravataí.

Segundo o diretor da Divisão de Investigações do Narcotráfico (Dinarc), delegado Heliomar Franco, a Operação teve por objetivo reprimir a expansão e a distribuição do produto de forma ilegal, que inunda as festas freqüentadas por jovens. Além das tradicionais drogas sintéticas, novas vêm surgindo e sendo utilizadas, mas as investigações relacionadas a drogas sintéticas continuaram – salientou o delegado
De acordo com o delegado Mario Souza, da 1ª DIN, que coordenou as investigações, a operação Sucesso começou através de uma primeira apreensão que o Denarc realizou destes tipos de produtos no final do ano de 2011, durante a Operação Tubarão Azul, coordenada pelo delegado Márcio Moreno, também do Denarc.

 “A partir daquele instante, passamos a realizar campanas, relatórios diários das notícias arrecadadas, utilizamos modernas técnicas para descobrirmos o que estava acontecendo e, finalmente, algumas consultas a profissionais de química sobre o assunto”, disse Souza.

Assim, ocorreu uma primeira apreensão em 2011 pelo Denarc aqui no RS, de 1,5 litros do sucesso. No início do ano a Brigada Militar também apreendeu seis tubos em Canoas.  Já durante a Operação Sucesso o Denarc apreendeu 19 botijões de 3,6 kg cada um, o que renderia milhares de doses da droga – relatou Souza.

Foram autorizados pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público mandados de busca e apreensão, num período de quase doze meses de investigações. Sete pessoas foram indiciadas e responderão por tráfico de drogas, associação para o tráfico, crime ambiental do art. 56 da Lei de Crimes Ambientais, crime sobre substâncias do art. 278 do Código Penal, posse de munição de calibre restrito, adulteração de sinal de veículo automotor e receptação.

Durante as investigações foram apreendidos 19 botijões do produto, cada botijão com 3,6 kg, cerca de 20 tubos prontos para a venda, prensa, bombas injetoras, embalagens para o sucesso, essências, aromatizantes, quatro lança- perfumes, cerca de 150 ecstasys, 20 pontos de LSD, maconha pronta para a venda, dinheiro, eletroeletrônicos, dois veículos (sendo um de luxo 2012 avaliado em cerca de 100 mil reais) e 25 munições calibre .45.

Os motivos apontados pelos usuários e vendedores do produto são que a substância entorpecente não está ainda na portaria 344 da ANVISA, que afirma o que é, ou não, droga para fins da Lei de Drogas brasileira, além de ser metade do preço do lança-perfume (de 20 a 40 reais o tubo). Entretanto é importante ressaltar que segundo laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) a substância encontrada também é asfixiante.
“Os indivíduos que vendem e fabricam o sucesso acham que estão impunes por não estar na portaria da ANVISA, mas isto não é verdade eles podem ser enquadrados em outros crimes fora da Lei de Drogas, como Crimes Ambientais e Crimes do Código Penal”, disse o delegado Mario Souza.

Destaca-se o pensamento de impunidade dos traficantes de sucesso que em um depoimento na Polícia Civil durante a Operação Sucesso, acompanhado pelo delegado Marcus Viafore, um indivíduo confessou que fabricava e vendia o produto.

Para os traficantes o sucesso é muito mais lucrativo, além de não estar na portaria, está sendo conhecido como o “crack” das drogas sintéticas, afirmou o delegado Souza.
O diretor do Denarc, delegado Joel Oliveira, encaminhará ofício aos canais competentes para provocar a ANVISA sobre esta questão do “sucesso”.

A Polícia Civil ainda teve notícia do sucesso estar sendo utilizado no Rio de Janeiro, mas isto ainda vai ser verificado, no Rio Grande do sul é certo seu uso – declarou Souza.

Fonte: Site da Polícia Civil do RS

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