Pela primeira vez, na Argentina, a Justiça condenou um civil
por crimes cometidos durante a ditadura (1976 -1983). O Tribunal Federal de La
Plata, a 60 quilômetros de Buenos Aires, condenou ontem (19) o
ex-primeiro-ministro do governo Jaime Smart e mais 23 pessoas.
Um dos crimes atribuídos a Smart foi a morte de Jorge
Rubinstein, assim como abuso de autoridade e violência, além de ameaças em 43
casos. Dos 24 réus, 16 foram condenados à prisão perpétua. Houve ainda penas
que variaram de 2 a 25 anos.
Smart e os demais condenados, assim como o ex-comissário
Miguel Etchecolatz, participaram de atos no Centro de Informação Judicial
(CIJ). Eles foram condenados por serem considerados culpados por crimes
cometidos em seis centros de detenção clandestinos chamados de "campos de
circuito".
As autoridades investigam 181 crimes cometidos contra
adversários políticos durante a ditadura. Os centros clandestinos estavam sob
comando do Primeiro Corpo do Exército, que era subordinado ao ex-general Ramón
Campos.
Fonte: Agência Brasil
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