A Justiça de São Paulo
condenou a mais de 33 anos de prisão os três acusados de matar a adolescente
Caroline Silva Lee, de 15 anos, em Higienópolis. O crime aconteceu em 21 de
outubro de 2012, quando a estudante e seu namorado voltavam de uma festa e foram
abordados pelos criminosos.
Como a vítima demorou a entregar a bolsa, um
dos assaltantes disparou dois tiros. Eles foram condenados por roubo,
latrocínio e crime de resistência.
O julgamento aconteceu
na tarde de sexta-feira , dia 22 de março, no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São
Paulo. Os três réus foram interrogados e mais seis testemunhas foram ouvidas
pelo juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha.
Em sua decisão, o
magistrado condenou os réus a cumprir pena de 33 anos, cinco meses e dez dias
de reclusão em regime fechado, além do pagamento de multa pelos delitos de
roubo e latrocínio. Eles também foram condenados a cinco meses de detenção pelo
crime de resistência.
Os acusados Marcos
Vinícios Correia Gomes, Alex Rodrigues Venancio e Claudinei Avelino Modesto
confessaram o crime logo após serem presos. O trio já tinha passagens policiais
por tráfico, roubo e furto, respectivamente. Em depoimento à polícia, o trio
debochou ao falar da vítima e um dos acusados chegou a dizer que "era o
que acontecia com quem reagia".
Caroline Silva Lee e
seu namorado voltavam a pé de uma festa, próxima à casa da jovem, quando foram
abordados por três suspeitos armados, em um Fiat Idea, que anunciaram o
assalto. De acordo com a polícia, Caroline demorou para entregar sua mochila e
o celular aos criminosos, que atiraram duas vezes no pescoço da jovem. Os
bandidos fugiram no carro.
O namorado da vítima
ligou para a polícia, que localizou e perseguiu o veículo. Durante a fuga, os
bandidos bateram o veículo em outro carro no cruzamento entre a avenida 23 de
Maio e a rua Arsênio da Silva.
Os três foram presos
cerca de dez minutos após o crime durante troca de tiros com policiais
militares na Avenida 23 de Maio. Com eles estavam os celulares do casal e a
máquina fotográfica da vítima. Os policiais também apreenderam o Fiat Idea, que
tinha sido roubado uma semana antes do crime.
"Ela não
reagiu", disse à polícia o namorado de Caroline, Jardel Alves do
Nascimento. Na época, Jardel disse, também, que faltou ajuda quando tentava
evitar a morte da garota. No Hospital das Clínicas, diz ele, ela teve de
esperar por socorro.
Na mochila de Caroline
havia dois celulares, uma máquina fotográfica, um MP5 e sua agenda. Ela cursava
o segundo ano do ensino médio no Colégio São Luís, na região da avenida
Paulista, graças a uma bolsa de estudos. Queria se tornar acupunturista, como o
pai, que morreu há sete anos.
Fonte: Site Espaço Vital
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