Parlamentares da CPI vão ao Paraná na próxima quinta-feira
(18) para ouvir depoimentos de pais de crianças adotadas, autoridades e outros
envolvidos em adoções no estado.
O deputado Fernando Francischini (PEN-PR), vice-presidente
da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas, esteve nesta
quinta-feira (11) na Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, para receber os
documentos e computadores apreendidos no apartamento de Audelino de Souza,
conhecido por Lino, apontado como intermediador de adoções supostamente ilegais
no Paraná.
O mandado de busca e apreensão foi cumprido na última
terça-feira (9), por ordem da CPI. Ao receber os documentos, Francischini anunciou
a ida da CPI do Tráfico de Pessoas ao Paraná na próxima quinta-feira (18).
Os parlamentares vão ouvir depoimentos de pais de crianças
adotadas, autoridades e outros envolvidos em adoções no Paraná. Também serão
discutidas as mudanças necessárias na legislação para melhor proteger as
crianças brasileiras em casos de adoções internacionais. As reuniões serão na
Assembleia Legislativa do Paraná.
Depoimento de acusado
Pela proximidade com as situações investigadas, os
documentos serão analisados em Curitiba por uma equipe sob responsabilidade de
Francischini. O deputado recebeu também a cópia do depoimento do Lino, colhido
pela PF do Paraná na noite de quarta-feira (10). Entre outras informações, Lino
revelou que enviava em média 20 crianças brasileiras ao ano para os Estados
Unidos para adoção.
Já o presidente da ONG Limiar Brasil, Ulisses Gonçalves da
Costa, disse nesta semana em depoimento à CPI que Lino não prestava serviços à
entidade desde 1999. Ulisses Costa informou que a entidade parou de intermediar
adoções internacionais em 1999, a partir da Convenção de Haia, que regulamenta
essa atividade. Mesmo assim, a entidade é apontada como intermediadora de
diversas adoções no Paraná nos últimos anos. “As contradições serão
investigadas”, garante Francischini.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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