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quinta-feira, julho 4

Justiça Federal promove ressocialização de apenadas em Criciúma

Proporcionar um espaço para o desenvolvimento pessoal e profissional, promovendo a qualidade de vida e perspectivas de futuro durante o cumprimento da pena, é o objetivo da Vara Federal Criminal e de Execuções Fiscais e do Juizado Especial Federal Criminal da Subseção Judiciária de Criciúma (SC). A iniciativa das duas unidades judiciárias vem sendo implementada por meio do projeto social Mãos que Criam, uma ação que promove a ressocialização de apenadas do Presídio Santa Augusta, no município catarinense.

Criado a partir de um convênio entre a Vara Federal e a Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina (Unesc), o Mãos que Criam foi uma iniciativa do juiz federal Marcelo Cardozo da Silva, ex-titular da vara. Atualmente, é coordenado pelo juiz federal titular Germano Alberton Junior e pelo juiz substituto Daniel Raupp, com responsabilidade técnica da psicóloga Edilene Colonetti de Souza.

Graças ao projeto, as apenadas do Presídio Santa Augusta confeccionam e comercializam produtos artesanais. As participantes são capacitadas profissionalmente, aprendendo técnicas artísticas como o patchwork para a produção de artesanatos. O material é vendido em uma loja do comércio local e no shopping da cidade, numa parceria com a iniciativa privada.

De acordo com o juiz Daniel Raupp, a receita obtida com a venda dos produtos é utilizada para compra do material usado nas oficinas de artesanato; o que sobra dos recursos é repartido entre as apenadas. Ele também destaca que a participação pode reduzir o tempo da pena. "A remição é decidida pelo juiz da execução. A lei determina que a contagem seja feita na proporção de um dia reduzido para cada três de trabalho", esclarece.

Comportamento - O Mãos que Criam dispõe de 25 vagas para presas no regime fechado e semiaberto. As participantes são selecionadas pela direção do presídio de acordo com o interesse que manifestam e com o bom comportamento que apresentam. Desde o início do projeto, foram beneficiadas 86 mulheres. A previsão é de que, futuramente, o número de vagas seja ampliado para 30.

Outro aspecto importante da ação, explica Raupp, é disponibilizar um acompanhamento psicológico posterior para as participantes do regime semiaberto. Hoje, existem seis apenadas que desfrutam desse serviço. No conjunto, a iniciativa apresenta muitos méritos.

 "Além de auxiliar na ressocialização e oportunizar a capacitação profissional, também favorece o bom convívio no cárcere", avalia o magistrado.

Para o juiz federal Germano Alberton, o projeto tende a render resultados concretos. 

"A atividade desempenhada pelas apenadas está, de fato, colaborando para que elas tenham uma oportunidade real de reinserção na sociedade quando deixarem o presídio. Esse é o principal benefício que o Mãos que Criam tem proporcionado", analisa.


Fonte: TRF-4

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