A negativa foi do juiz Ulysses Fonseca Louzada, da 1ª Vara
Criminal de Santa Maria. "O presente caso alcançou repercussão mundial,
sendo do interesse da sociedade manter-se informada a respeito do desenrolar
das investigações e das apurações das responsabilidades dos envolvidos",
diz o despacho assinado pelo magistrado.
O advogado de Spohr no caso, Jader Marques, disse ao G1 que
analisará a situação no final de semana para decidir se recorrerá da situação.
Segundo ele, o Código Penal garante o sigilo durante a fase de investigação, e
a divulgação é feita após a confirmação das informações.
"O que acontece hoje é o contrário. Primeiro as
informações vão para a imprensa, e depois são analisadas. Nosso pedido foi no
sentido de que se obedecesse o Código Penal, para dar ao inquérito o sigilo que
é de sua natureza. Sempre foi tradição que a investigação andasse em sigilo até
a conclusão", argumentou.
O G1 também tentou contato com Mario Cipriani, que defende
Hoffmann no caso, mas a ligação não foi atendida.
Entenda
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do
Rio Grande do Sul, deixou 239 mortos na madrugada do último domingo (27). O
fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez
uso de artefatos pirotécnicos no palco. De acordo com relatos de sobreviventes
e testemunhas, e das informações divulgadas até o momento por investigadores:
- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.
- Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
- A banda comprou um sinalizador proibido.
- O extintor de incêndio não funcionou.
- Havia mais público do que a capacidade.
- A boate tinha apenas um acesso para a rua.
- O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.
- Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.
- 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.
- Equipamentos de gravação estavam no conserto.
Fonte: site G1
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