O Ministério Público de Rio
Grande ofereceu denúncia criminal contra os ex-Prefeitos Municipais de Rio
Grande, Fábio de Oliveira Branco e Janir Souza Branco; o ex-Secretário
Municipal dos Serviços Urbanos, Paulo Rogério Mattos Gomes; e contra seis
pessoas ligadas à empresa Rio Grande Ambiental S.A., que explorava sob o regime
de concessão o serviço de limpeza pública no município.
A denúncia, assinada
pelos Promotores de Justiça José Alexandre Zachia Alan e Adriano Pereira
Zibetti, é resultado da Operação Polus, que investigou o pagamento de propina a
agentes públicos. O Ministério Público
começou a investigar o caso em janeiro de 2013.
Conforme narrado na denúncia, a
partir de interceptações telefônicas foi possível verificar a existência de
dois grupos bem delineados. Um formado pelo então Prefeito Municipal, Fábio
Branco; seu primo e ex-Prefeito, Janir Branco; e pelo Secretário Municipal
Paulo Gomes. Do outro lado, encontravam-se os demais denunciados, Carlos
Alberto de Alves Almeida, Marcello Mello Buzetto, Cláudio Luiz da Cunha Sebrão,
Luiz Fernando Carvalho Gomes, Idacir Francisco Pradella e Denis Maickel da Costa,
todos ligados à Rio Grande Ambiental.
O funcionamento de tal contratação e as
relações havidas entre o Município e a empresa são objeto de ação civil pública
movida pelo MP e de expediente apuratório cível que ainda tramita,
essencialmente por conta da modalidade da contratação. No âmbito criminal, a presente denúncia trata
de imputar aos denunciados os crimes de organização criminosa, corrupção ativa
e corrupção passiva.
Conforme apurado, as pessoas ligadas à empresa teriam
pedido providências para modificar a legislação municipal de modo a viabilizar
o depósito de resíduos sólidos (lixo) provenientes de outros municípios no
aterro sanitário localizado em Rio Grande, administrado pela Rio Grande
Ambiental - gerando ganhos financeiros à empresa.
A Rio Grande Ambiental S.A.
buscava o comprometimento de Fábio Branco, candidato à reeleição, para que, se
eleito, reapresentasse o projeto de importação do lixo dos municípios da região
para Rio Grande. Em troca, os denunciados políticos teriam solicitado e recebido
montante em dinheiro. Em uma das contas, foi identificado, em um curto período,
vários depósitos, somando R$ 52 mil.
Fonte: Ministério Público do Rio Grande do
Sul
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