Detentos do sistema prisional gaúcho têm utilizado uma nova estratégia para fugir das escutas telefônicas da polícia e com isso encomendar crimes, garotas de programa e até mesmo fazer consulta de processos no site do Tribunal de Justiça. Em vez de utilizar os celulares para conversar com comparsas de fora da cadeia, alguns apenados buscam a tecnologia dos aparelhos telefônicos de última geração para acessar chats, MSN e até mesmo sites de relacionamentos, como Orkut, por exemplo.
A reportagem da Rádio Gaúcha e da RBS TV simulou interesse em vender um celular iPhone para um detento e manteve contato com ele pelo Orkut e pelo MSN. O apenado confirmou que está na cadeia.
Em vez de utilizar os celulares para conversar com comparsas, alguns apenados buscam a tecnologia dos aparelhos telefônicos de última geração para acessar chats, MSN e até mesmo sites de relacionamentos, como o Orkut. Umas das situações que mais preocupa a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) é o acesso aos chats. A reportagem obteve, inicialmente, o endereço de um preso da Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), em Charqueadas, no Orkut.
Simulando a venda de um celular iPhone, a equipe recebeu o retorno do apenado, o endereço dele no MSN e um celular para contato. Ele está detido desde janeiro deste ano no local, o que foi confirmado pela Susepe. O detento disse que utiliza a internet para contatos fora da cadeia e que pagou a outro preso R$ 600,00 pelo aparelho.
Um advogado que defende detentos do Presídio Central e de Charqueadas revelou o esquema criminoso. Ele pediu para não ser identificado.
– É uma arma para não ser identificado. Eles usam internet porque acham mais seguro por causa dos grampos de celular. Quem tem condições, compra, mas pelo código de ética deles, é obrigado a emprestar – diz o advogado.
Ele confirmou que os presos utilizam a internet para vários fins, inclusive consultar processos no site do Tribunal de Justiça e encomendar crimes. O advogado diz ainda que a PEJ é o local onde os presos mais têm celulares, chegando a quatro por detento.
– É uma arma para não ser identificado. Eles usam internet porque acham mais seguro por causa dos grampos de celular. Quem tem condições, compra, mas pelo código de ética deles, é obrigado a emprestar – diz o advogado.
Ele confirmou que os presos utilizam a internet para vários fins, inclusive consultar processos no site do Tribunal de Justiça e encomendar crimes. O advogado diz ainda que a PEJ é o local onde os presos mais têm celulares, chegando a quatro por detento.
(Fonte: Jornal Zero Hora)
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