Em depoimento no 5º Distrito Policial (Aclimação) de São Paulo ontem (22) à noite, duas vítimas das agressões supostamente homofóbicas na região da avenida Paulista relataram ter passado momentos de pânico na manhã do domingo dia 14. Eles estão envolvidos no ataque anterior ao registrado pelas câmeras de segurança dos prédios vizinhos, cujas imagens foram divulgadas pela imprensa na semana passada (veja abaixo).
Negando serem homossexuais, Otávio Dib Partezani, 19 anos, e Rodrigo Souza Ramos, 20 anos, contaram que estavam esperando um taxi por volta das 6h30, perto da estação Brigadeiro do Metrô, na avenida Paulista, quando viram os agressores caminhando, sem demonstrar nenhuma anormalidade, segundo o delegado-assistente Renato Felisoni.
Negando serem homossexuais, Otávio Dib Partezani, 19 anos, e Rodrigo Souza Ramos, 20 anos, contaram que estavam esperando um taxi por volta das 6h30, perto da estação Brigadeiro do Metrô, na avenida Paulista, quando viram os agressores caminhando, sem demonstrar nenhuma anormalidade, segundo o delegado-assistente Renato Felisoni.
Ao se aproximar, o grupo apontado pela polícia como homofóbico teria chamado as vítimas de "bicha" e insinuado que eram "namorados" - os agressores são jovens de classe média, a maioria menor de idade, todos soltos atualmente. "O Otávio disse que quase não lembra de nada, pois logo depois do primeiro golpe já caiu desmaiado", disse Felisoni.
Sem intervalo, como dito no depoimento, ambos continuaram sendo atingidos por chutes e socos. Ramos, assustado, correu até a estação do Metrô. De lá, momentos depois, ligou para o amigo, usando um telefone celular. O aparelho recebeu a chamada no bolso de Partezani, mas o rapaz estava no chão, desmaiado.
Foi um pedestre desconhecido, ouvindo o toque, que enfiou a mão no bolso da vítima e atendeu a ligação, informando que Partezani estava desacordado. Ainda dentro da entrada da estação, Ramos ligou para o pai do amigo. Minutos depois, o socorro chegou - e os responsáveis pelo ataque já tinham ido embora.
Tentativa de homicídio
O depoimento, diz Felisoni, serviu para reforçar a tese defendida pela polícia de que o ato não foi uma simples agressão, mas uma tentativa de homicídio, crime cuja pena pode ir até 14 anos de prisão. "Não tenho nenhuma dúvida disso (de que foi uma tentativa de homicídio). Tem todos os igredientes. Quem chuta seguidamente a cabeça de alguém desfalecido sabe que pode matar".
Felisoni afirmou ainda que está buscando a gravação da câmera de segurança dos prédios vizinhos ao ataque. O delegado-assistente também disse que as duas vítimas - especialmente Rodrigo - ouvidas ontem reconheceram os agressores nas imagens divulgadas pela imprensa na última semana, mostrando o ataque seguinte do grupo de jovens.
(Fonte: Site da Uol)
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