Uma médica foi indiciada na segunda-feira (15) pela Polícia Federal em inquérito que apura injúria qualificada após supostas ofensas contra três dançarinas negras.
Ela diz não ter usado expressões racistas e acusa as vítimas de chamá-la de "branca aguada".
Em entrevista ao saite G1, a mulher, que pede para não ter o nome revelado para que sua vida "não seja destruída", nega que tenha usado termos racistas. "Falaram que eu as chamei de macacas. Imagina se eu vou fazer isso."
"O que fiz foi pedir silêncio. Na hora do cansaço, a gente querendo dormir e não consegue, fica muito nervosa. Elas me chamaram de branca aguada. Eu falei para a delegada: Isso é discriminação. Eu não as chamei de nada. Elas se confundiram e tentaram reverter os fatos", afirma a médica.
"A minha secretária é negra. A pessoa que trabalha aqui em casa é negra. Se eu tivesse discriminação racial, você acha que eu ia ter pessoas de cor ao meu redor? Eu não posso ter racismo, eu sou uma médica. Já fui para a África, já fui para os Estados Unidos fazer intercâmbio cultural, fiquei em casa de negros", diz.
A confusão ocorreu durante o voo 8067 da Tam, entre Lima, no Peru, e Guarulhos, São Paulo.
Após o pouso, por volta das 19h30min, a médica branca, loira e de olhos azuis foi conduzida por policiais federais à delegacia do aeroporto.
A PF foi chamada pela tripulação da aeronave a pedido das dançarinas do grupo Capital do Axé.
Depois de ouvir as partes, mas sem contar com testemunhas, que se negaram a esperar para depor, a delegada Samira de Oliveira Bueres indiciou a suposta agressora por meio de portaria, ou seja, sem flagrante, pelo crime previsto no artigo 140, § 3º do Código Penal(*), que determina uma pena de três anos de reclusão.
A médica de 45 anos afirma que a confusão começou porque ela estava muito cansada e as dançarinas, que se sentaram em uma fileira atrás da sua, insistiam em fazer barulho, brincavam com bichos de pelúcia e atraíam a atenção de um passageiro francês.
A delegada diz que as três dançarinas contaram ter sido agredidas verbalmente em inglês e depois em português. "Elas falaram que inicialmente as agressões foram em inglês e que estranharam porque os
outros passageiros riram, mas elas não sabiam do que se tratava. A mulher estava dizendo que elas estavam se roçando nos outros passageiros, se prostituindo e que são pretas pobres."
A assessoria de imprensa da Tam diz que houve uma discussão entre passageiras durante o voo e que houve pedido para que a Polícia Federal fosse mobilizada.
Segundo Igor Cavalcanti de Souza Silva, também integrante do grupo Capital do Axé, as três dançarinas entraram no avião e se sentaram em uma das últimas fileiras de bancos. Ele diz que a médica, que definiu como uma "senhora branca e de baixa estatura", se incomodou com a presença das dançarinas e cogitou mudar de lugar.
"Ela chamou as meninas de macacas, de negras pobres e de prostitutas", diz Souza.
O G1 tentou durante toda a terça-feira (16) falar com as dançarinas, mas não conseguiu contato.
Ela diz não ter usado expressões racistas e acusa as vítimas de chamá-la de "branca aguada".
Em entrevista ao saite G1, a mulher, que pede para não ter o nome revelado para que sua vida "não seja destruída", nega que tenha usado termos racistas. "Falaram que eu as chamei de macacas. Imagina se eu vou fazer isso."
"O que fiz foi pedir silêncio. Na hora do cansaço, a gente querendo dormir e não consegue, fica muito nervosa. Elas me chamaram de branca aguada. Eu falei para a delegada: Isso é discriminação. Eu não as chamei de nada. Elas se confundiram e tentaram reverter os fatos", afirma a médica.
"A minha secretária é negra. A pessoa que trabalha aqui em casa é negra. Se eu tivesse discriminação racial, você acha que eu ia ter pessoas de cor ao meu redor? Eu não posso ter racismo, eu sou uma médica. Já fui para a África, já fui para os Estados Unidos fazer intercâmbio cultural, fiquei em casa de negros", diz.
A confusão ocorreu durante o voo 8067 da Tam, entre Lima, no Peru, e Guarulhos, São Paulo.
Após o pouso, por volta das 19h30min, a médica branca, loira e de olhos azuis foi conduzida por policiais federais à delegacia do aeroporto.
A PF foi chamada pela tripulação da aeronave a pedido das dançarinas do grupo Capital do Axé.
Depois de ouvir as partes, mas sem contar com testemunhas, que se negaram a esperar para depor, a delegada Samira de Oliveira Bueres indiciou a suposta agressora por meio de portaria, ou seja, sem flagrante, pelo crime previsto no artigo 140, § 3º do Código Penal(*), que determina uma pena de três anos de reclusão.
A médica de 45 anos afirma que a confusão começou porque ela estava muito cansada e as dançarinas, que se sentaram em uma fileira atrás da sua, insistiam em fazer barulho, brincavam com bichos de pelúcia e atraíam a atenção de um passageiro francês.
A delegada diz que as três dançarinas contaram ter sido agredidas verbalmente em inglês e depois em português. "Elas falaram que inicialmente as agressões foram em inglês e que estranharam porque os
outros passageiros riram, mas elas não sabiam do que se tratava. A mulher estava dizendo que elas estavam se roçando nos outros passageiros, se prostituindo e que são pretas pobres."
A assessoria de imprensa da Tam diz que houve uma discussão entre passageiras durante o voo e que houve pedido para que a Polícia Federal fosse mobilizada.
Segundo Igor Cavalcanti de Souza Silva, também integrante do grupo Capital do Axé, as três dançarinas entraram no avião e se sentaram em uma das últimas fileiras de bancos. Ele diz que a médica, que definiu como uma "senhora branca e de baixa estatura", se incomodou com a presença das dançarinas e cogitou mudar de lugar.
"Ela chamou as meninas de macacas, de negras pobres e de prostitutas", diz Souza.
O G1 tentou durante toda a terça-feira (16) falar com as dançarinas, mas não conseguiu contato.
(Fonte: Site Espaço Vital)
(*) Injúria Qualificada - Art 140, parágrafo terceiro - Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
Pena - reclusão de um a três anos e multa.
Um comentário:
Só no Brasil mesmo.Estado paralelo,crime organizado,imposição de terror contra as pessoas,corrupção na política,apologia ás drogas e ao sexo desenfreado,ensino relaxado nas escolas,incentivo ao mau caratismo,imposição de valores decadentes a sociedade,tudo isso pode,não é crime.Mas xingar em um ato impensado,produto de estafa profissional não pode,é crime.Eu não acredito que os políticos eleitos pelo povo possam apoiar estas leis absurdas que a própria população discorda,do que serem a favor de leis práticas que funcionem contra a corrupção,contra o crime organizado,contra as drogas,contra a violência,contra as baixarias.Sendo assim,realmente o Brasil pode ser atualmente um dos 12 paises mais ricos economicamente no mundo,mas continua sendo um país de 3°Mundo.Porriso anulo meu voto,é tudo uma máfia só!!
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