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domingo, janeiro 2

Gaúcho que se envolveu em evento de trânsito em Punta del Este tem prisão preventiva decretada pela Justiça Uruguaia


A prisão pode ser revogada por uma instância superior da Justiça uruguaia.


A Justiça uruguaia aceitou a abertura de processo e decretou, na noite deste domingo, a prisão preventiva do gaúcho Marcelo Tellechea Cairoli, de 30 anos. Na madrugada de sábado, ele se envolveu em um acidente no balneário de Punta del Este que resultou em uma morte e deixou um jovem gravemente ferido.

A juíza Adriana Graziuso, do Juizado Letrado de Segundo Turno de Férias de Maldonado, admitiu a abertura de processo contra Cairoli por homicídio culposo e delito por lesões graves. A prisão pode ser revogada por uma instância superior da Justiça uruguaia.

Conforme o chefe de imprensa da Chefatura de Polícia de Maldonado, comissário Raúl Eula, o motorista brasileiro deverá ser levado da Seccional 1ª da Polícia de Maldonado para o Cárcere de Las Rosas. A penitenciária fica cerca de 10 quilômetros de Punta, na Ruta 39, entre San Carlos e Maldonado.

O acidente ocorreu em torno das 4h20min de sábado. Segundo a Chefatura de Polícia de Maldonado e os sites dos jornais El País e El Observador, a Mitsubishi Dakar conduzida por Marcelo Cairoli teria colhido a motocicleta pilotada pelo uruguaio Rodolfo Damián Sosa Presa, 20 anos, no cruzamento das ruas 17 e 27. Conforme as mesmas fontes, a camioneta teria arrastado a moto, parando a cinco quadras de distância.

Rodolfo segue hospitalizado em estado grave, enquanto sua acompanhante na moto, Jennifer Mariño Osano, 18 anos, foi sepultada. A dupla morava no Departamento de Maldonado.

Segundo o comissário Eula, Marcelo Cairoli estava embriagado. Um teste realizado no motorista indicou 15,9 decigramas de álcool por litro de sangue — cinco vezes acima do limite tolerado pela lei uruguaia.

A defesa deverá sustentar que Cairoli estava na preferencial e que quem não parou foi o piloto da moto. O motorista teria ficado em estado de choque e foi retirado do carro por um médico de Santa Vitória do Palmar antes que morresse carbonizado. Segundo fontes da defesa, a passageira da moto bateu no vidro, o que acionou os airbags, tirando a visão do que se passava. Pela versão da defesa, a moto não foi arrastada por várias quadras como informado pela polícia.

Comentário meu: Lendo a notícia me ocorreu publicá-la para despertar  reflexão - particularmente dos meus alunos -  sobre aplicação lei penal no espaço. Indagação: considerando tenha havido crime culposo, poderia a legislação penal brasileira ser aplicada para processar e julgar o cidadão brasileiro? Quais as condições para isso? Uma boa oportunidade para revisar conteúdos, ou para enfrentá-los, por primeira vez.

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