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terça-feira, maio 10

Ação contra fraude de serviço de saúde tem detidos em Londrina

Uma operação a pedido do Ministério Público, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Federal, prendeu na manhã desta terça-feira (10), 15 pessoas suspeitas de cometer crimes de desvio de dinheiro público e corrupção de agentes públicos na área de saúde de Londrina, na região Norte do Paraná, através de duas Oscips (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público).

A operação começou por volta das 5h da manhã e 30 mandados de prisão, busca e apreensão foram cumpridos em Londrina e outras quatro cidades da região Norte do estado. As investigações da suposta fraude começaram há mais de quatro meses.

O procurador jurídico do município e dois presidentes das Oscips envolvidas, que prestam serviços para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Sistema de Internação Domiciliar (Sid), Policlínica e Programa Saúde da Família, foram presos sob suspeita de envolvimento de desvio de dinheiro público dos contratos de R$ 13 milhões que a Prefeitura de Londrina mantinha com as instituições para terceirização dos serviços.

Em entrevista ao G1, o coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, disse que foi confirmado a “solicitação de propina de parte do procurador”.

Outros dois representantes do Conselho de Saúde do município, um deles secretário geral do Sindicato Municipal dos Servidores da Saúde, também estão entre os presos na operação. O esquema envolvia a emissão de notas frias para comprovar a compra de produtos que não haviam sido adquiridos.

O prefeito de Londrina, Homero Barbosa Neto (PDT), informou que a Prefeitura já vinha investigando denúncias de irregularidades relacionadas aos contratos, mas que foi surpreendido com a prisão do procurador que "está automaticamente exonerado".

A prefeitura vai decidir como manter o atendimento a população.

Substituição e nova fraude

As duas Oscips investigadas pelo Ministério Público e suspeitas de fraudes foram contratadas quando o Ciap (Centro Integrado de Apoio Profissional), entidade que há um ano prestava os serviços de saúde ao município de Londrina, foi acusada de desviar R$ 300 milhões em um esquema de corrupção envolvendo contratos com várias Prefeituras do país. Apenas em Lodrina o Ciap teria deviado R$ 10 milhões.

Fonte: Site G1

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