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quarta-feira, junho 22

Suspensa sessão do Tribunal do Júri de Porto Alegre:

Uma discussão na 1ª Vara do Júri de Porto Alegre levou a defensora pública do Estado Tatiane Boeira a dar voz de prisão para o promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim, no início da noite passada, alegando desacato à autoridade. A sessão, no Foro Central, era presidida pela juíza Rosane Michels, que pediu a presença de um representante da Procuradoria-Geral de Justiça.

Conforme relatos que chegaram ao TJ, o advogado de defesa de pessoas acusadas de envolvimento em um tiroteio, ocorrido em 2008, na vila Mario Quintana, na Capital, chegou a passar mal e necessitar de atendimento médico. Durante a sessão, o promotor apresentou documentos supostamente ligando o tiroteio à Operação Poeta, da Polícia Federal, para o combate ao narcotráfico. A juíza suspendeu a sessão e, neste momento, o promotor proferiu palavras ofensivas, na avaliação da defensora.

Conforme o desembargador Túlio de Oliveira Martins, presidente do Conselho de Relações Institucionais e Comunicação Social do TJ, o subprocurador de Justiça Ivory Coelho Neto, no exercício da função de procurador-geral de Justiça (já que o procurador Eduardo Lima Veiga está viajando), foi até o local, de onde todos os envolvidos saíram rumo à sede do Ministério Público, onde o assunto foi discutido.

Após deixar a sede do MP, a defensora pública não quis dar entrevistas. O chefe de gabinete da Defensoria Pública do Estado, Alexandre Brandão Rodrigues, disse que foi pedido ao Ministério Público a abertura de um procedimento de investigação criminal contra Amorim por desacato.

Em uma entrevista exclusiva concedida à Rádio Guaíba, o promotor Eugênio Paes Amorim comentou o caso, no início da madrugada, durante o Conexão Guaíba. O presidente da Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Victor Hugo Palmeiro de Azevedo Neto, também participou do programa. A Defensoria Pública do Estado foi contatada, mas a reportagem não obteve sucesso. 

Amorim disse que o debate sobre a absolvição dos réus nem tinha começado quando ocorreu o mal-entendido. Segundo ele, a defensoria tenta a absolvição de criminosos de alta periculosidade e que o bate-boca ocorreu porque a situação dos réus não estava boa e Tatiane teria promovido o episódio para suspender o julgamento por conta de suposto êxito do MP.

Fonte: Site da Rádio Guaíba

Comentário meu:  Nesse instante - 14:54 minutos, ouvindo a Rádio Gaúcha, na entrevista da Defensora Pública, Tatiane Boeira, ela esclarece que a discussão ou desentendimento na sessão do Júri ocorreu entre o Promotor e a Juiza, e não entre ela e o Promotor.  E que para fazer cessar o 'a cena lamentável' ou 'agressão' tanto à juiza quanto ao Tribunal do Júri, a Defensora deu voz de prisão por desacato.  Agiu a defensora como guardiã do Tribunal do Júri.

Neste momento, Dr. Amorim - 14:55 minutos - manifesta-se, por telefone, sobre o direito da defensora em dar-lhe voz de prisão.

Lasier Martins relembra a desavença antiga entre a Juiza (Rosane Michels)  e o Ministério Público (Eugênio Amorim), decorrente do episódio da morte do Secretário de Saúde de Porto Alegre.

Ouça Gaúcha Repórter.

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