Vítima era submetida a rituais de tortura há cerca de cinco anos
Polícia Civil de Alvorada prende, na manha de hoje, uma mulher acusada de torturar o filho de 12 anos de idade, portador de necessidades especiais.
Professores desconfiaram do comportamento do adolescente em sala de aula, e fizeram o caso chegar ao conhecimento da 3ª Delegacia de Polícia da cidade.
O menino teria defecado nas fraldas e negava-se a voltar para casa, porque se assim procedesse a mãe o mataria. Ante ao desespero do jovem, os professores denunciaram a o fato à Delegada Graciela Foresti.
Pelo teor das denúncias, a Delegada afirma que o caso não se trata de prática de maus tratos, e sim de delito de tortura.
A mãe do jovem, segundo a polícia, dava banhos gelados na criança durante o inverno e o deixava sem comida por horas. "Além de socos, tapas no rosto e episódios de estrangulamento, além de afogá-lo com a mangueira do chuveiro para que não pedisse socorro ou gritasse” afirmou a Delegada. Há, também, relatos de que o menino era obrigado a ingerir fezes.
O menino vivia sob os cuidados exclusivos da mãe há 5 anos, porque até os sete anos de idade era cuidado por uma irmã, que deixou a residência da família por ocasião de seu casamento.
A avó do menino, ouvido, teria confirmado os rituais violentos que o neto sofria. O jovem deve ser ouvido pela polícia nos próximos dias. Ele está em um abrigo de Alvorada, e segundo a polícia, comemorou o afastamento e a ausência da mãe.
A mãe deverá ser indiciada por crime de Tortura (Lei 9455/97). O delito é considerado assemelhado a hediondo, inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. A pena cominada é de reclusão de dois a anos, se o fato não resulta em lesão corporal grave – situação na qual a pena é de reclusão de quatro a dez anos – aumentada de um sexto a um terço, por ter sido praticado contra pessoa portadora de deficiência.
(Com informações do Site Câmera 2)
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