A mulher responsável pela fabricação e envio dos doces
envenenados a adolescente curitibana Talita Machado Teminski, de 14 anos,
afirmou ao delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídio de Curitiba,
que gastou o dinheiro que recebeu para organizar a festa de 15 anos da jovem e,
como não tinha condições de repor a quantia, decidiu envenenar os bombons.
Ao todo, os pais de Talita haviam pago R$ 7.500,00. “Para
mim é caso encerrado. Tudo esclarecido no meu inquérito”, declarou o
Recalcatti. A intenção da suspeita era
adiar a festa, destacou o delegado.
No primeiro depoimento colhido em Santa Catarina, a suspeita
de 45 anos não havia indicado o motivo do crime. Segundo a polícia, ela apenas
confessou a produção dos bombons envenenados e a agressão ao marido. Já em
Curitiba, a suspeita chorava muito e disse que mandou os doces com veneno
porque queria adiar o evento e que não tinha a intenção de matar a jovem.
A agressão do marido também está ligada ao envenenamento.
Segundo Recalcatti, ela tentou contar ao marido o que havia ocorrido em
Curitiba porque temia que ele descobrisse pela imprensa ou pela polícia, mas
não conseguiu e se desesperou.
“Apavorada ela não conseguiu contar (...) e em determinado
momento ele [o marido] derrubou algo no chão, se abaixou para pegar e ela bateu
na nuca dele (...). Como ela tomou a iniciativa de envenenar os doces, ela
tomou a inciativa de bater no marido”, afirmou Recalcatti.
“Ela apresenta um desvio de personalidade”, avaliou o
delegado. A mulher utilizou um rolo usado para fazer massas para agredir o
marido.
Ainda em depoimento, a suspeita afirmou que não foi ela quem
escreveu o bilhete que estava junto à caixa de doces. Ela pediu para uma pessoa
que estava em um ponto de ônibus para que escrevesse. “Ela alegou que estava
sem óculos”, explicou o delegado.
Ela deve deve responder por tentativa de homicídio, no
Paraná, e por lesão corporal grave, em Santa Catarina.
O pai de Talita, Edilson Teminski, afirmou que a esposa e as
filhas custaram a acreditar no envolvimento da doceira, que era considerada
parte da família. Segundo ele, três dias após a adolescente comer o doce, a
suspeita foi até a casa da família e abraçou a mãe de Talita, lamentando o
ocorrido. “O requinte de crueldade não justifica o valor monetário”, disse
Teminski.
A suspeita organizou a festa de 15 anos da irmã mais velha
de Talita que atualmente tem 18 anos. E o pai garantiu, que apesar de todo o
susto, a festa de Talita está garantida. Segundo ele, isto foi prometido
enquanto a adolescente ainda estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Fonte: Site G1
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