Matéria publicada no Jornal Zero Hora desse Domingo assevera que a maioria dos crimes no Estado envolve disputa entre bandidos.
Conforme apurado pela equipe que foi buscar explicações para o aumento de 19,6% nos casos de homicídio no primeiro trimestre de 2012, há um fenômeno típico de 'guerrilhas' para justificar esses índices de mortes violentas.
A invasão de quadrilhas em territórios alheios, que sequestram, torturam e matam inimigos é o tipo de ação que aparece de maneira mais ou menos constante nos homicídios verificados nos primeiros três meses do ano.
O recrudescimento dessa violência tem constrangido as instâncias formais já que no mesmo período, em 2011, registrou-se diminuição de 0,36% em comparação ao ano de 2010.
Segundo a reportagem de Zero Hora, os registros de mortes no trimestre dão conta de que a maioria das vítimas tinha antecedentes policiais. Salvo exceções, trata-se de acertos de contas entre quadrilhas envolvidas em tráfico de drogas ou roubos.
Em Viamão, por exemplo, 74% dos casos envolveram rixas entre criminosos; em São Leopoldo as razões são exatamente as mesmas em 76% dos fatos. Em Alvorada, o mesmo motivo aparece em 83% das mortes. As facções, 'Os Manos' e 'Bala na Cara' estão presentes nessas ações que recheiam as estatisticas.
Estudiosos da violência nas cidades não se surpreendem com esses números, pois que a taxa de homicídios cresceu de 16,3 para 19,3 para 100 mil habitantes/ano entre 2000 e 2010.
Dos 80 homicídios a mais registrados no primeiro trimestre de 2012 - em comparação a 2011 - 55 ocorreram na região metropolitana de Porto Alegre - Viamão, São Leopoldo, Alvorada e Novo Hamburgo - e também na capital gaúcha. Pelotas e Santa Maria, que não registravam altos índices de mortes violentas, também integram o rol. Em Pelotas, mais de 20 mortes foram registradas no período de janeiro a março de 2012, conforme já noticiado aqui no Blog.
Para o Delegado Maurício Barizon Barcelos, da 1ª DP de Alvorada, é necessária a criação de Delegacias especializadas em Homicídios. "Falta gente para investigar e prevenir mortes", segundo o Delegado ouvido por Zero Hora.
Já o Presidente da ONG RS Mais Seguro, quatro providências precisam ser adotadas: georreferenciamento das ocorrências criminais, para que o policial saiba o que ocorre em sua área de atuação; premiação de policiais por metas de redução de crime; fortalecimento de departamentos especializados em homicídios e dos institutos de perícia; e implantação de programas de polícia comunitária e de prevenção à violência focados em jovens.
(Com informações de Zero Hora - Leia matéria completa no Jornal Zero Hora deste Domingo)
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