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sábado, setembro 22

Homem mata dançarina após sua namorada perder concurso, no ES



Ele disse que namorada ficou depressiva por perder concurso para vítima.
Suspeito foi preso no mesmo dia do homicídio, em Cariacica.

Um caminhoneiro confessou ter matado a tiros uma dançarina, de 21 anos, em Nova Campo Grande, Cariacica, município da Grande Vitória, na manhã de sexta-feira (21). David Corrêia foi localizado pela polícia e preso na noite do mesmo dia.

De acordo com o titular da Delegacia de Homicídio e Proteção à Mulher do Espírito Santo (DHPM), Adroaldo Lopes, o motivo da morte foi que a vítima havia ganhado um concurso que a namorada do criminoso gostaria de ter vencido. O enterro da jovem acontece às 14h no cemitério do bairro Itaenga no mesmo município.

O delegado Adroaldo Lopes disse que Alini Gama de Oliveira, de 21 anos, e a namorada de David participavam de uma seleção para atuar como dançarina na gravação de um DVD de uma banda de forró.

“A namorada do suspeito ficou decepcionada em perder o concurso para a vítima e chegou a entrar em depressão, segundo David. A gravação aconteceria neste sábado (22), em São Mateus, no Nordeste do estado, e o detido tinha a esperança que com a morte de Alini, a namorada seria chamada para fazer o trabalho no clipe”, explicou Lopes.

Segundo o suspeito, a intenção era dar um susto na dançarina e não o homicídio. “Só queria dar um susto nela, não matar. Eu sou uma pessoa trabalhadora”, disse. David ainda explicou o motivo que o levou a procurar a vítima.

 “A menina ganhou um concurso que minha namorada queria e depois disso ela ficou depressiva”, contou.

A namorada de Dvid também foi conduzida para a DHPM e prestou depoimento. Ela alegou que não sabia dos planos do namorado e foi liberada. “Inicialmente, ela desconhecia os planos dele, mas temos ainda 10 dias para enviar o inquérito à Justiça e nesse tempo vamos averiguar se realmente era isso”, informou Adroaldo Lopes.

O caminhoneiro contou à polícia que acreditava que a vítima não tivesse morrido e após o crime, jogou a arma dentro de um córrego, no mesmo município. Os policiais apreenderam uma moto vermelha usada pelo suspeito para cometer o assassinato.

O delegado Adroaldo Lopes, explicou que rastreou as ligações que David fez para a dançarina. “Ele entrou na página dela em uma rede social e pegou os contatos. Ligou e disse que queria marcar um show”, explicou. O caminhoneiro foi encontrado pela polícia na casa da namorada, em Cariacica. Ele foi levado para o Centro de Triagem de Viana, na região Metropolitana do estado.

O crime

De acordo com a polícia, Alini foi morta em uma emboscada, por volta das 9h desta sexta-feira (21), no pátio de um hotel, em Campo Grande, Cariacica. Segundo testemunhas, a dançarina havia saído de casa para tratar de um contrato de trabalho. Um dias antes, ela foi procurada por telefone, por um homem que dizia querer contratá-la. Ele marcou um encontro com a jovem mas na verdade era uma emboscada para matá-la.

Ainda segundo Adroaldo Lopes, ao chegar no ponto marcado, Alini atendeu uma ligação e quatro minutos depois foi morta. O assassino estava em uma moto e atirou duas vezes contra a jovem, que foi atingida pelas costas. A dançarina foi levada para um hospital particular no mesmo município, mas não resistiu e morreu.

A moto usada no crime foi apreendida pelos policiais civis. David contou à polícia que jogou a arma usada no assassinato da jovem dentro do Rio Formate, em Cariacica.

Durante a manhã deste sábado (22), o suspeito foi levado por policiais e pelo o delegado Adroaldo Lopes até o local onde teria jogado a arma, mas o revólver não foi encontrado. O caminhoneiro possui duas passagens na polícia pelos crime de porte ilegal de arma de fogo e munição.

O delegado contou ainda que David chegou até a dançarina por meio de um site de relacionamento. Lá, ele conheceu como era a fisionomia de Alini e conseguiu o telefone dela na internet. “Expor contatos e informações pessoas nas redes sociais acaba se tornando um perigo. O suspeito disse que encontrou o telefone da dançarina na página do perfil dela, para contatos de trabalho, e foi aí que teve a ideia de usar como isca os contratos de trabalho”, observou Lopes.

Dançarina também trabalhava como modelo
fotográfica no Espírito Santo
(Foto: Arquivo familiar)
A família

Parentes da dançarina ficaram abalados com a morte da jovem. “Nunca imaginava que minha sobrinha tivesse morrido por um motivo tão banal. Não é possível que perder uma oportunidade de trabalho seja motivo para matar alguém. Se a moça não tinha competência para conseguir o contrato naquele momento, que se levantasse e buscasse a vitória. Minha sobrinha não estava tirando nada de ninguém, estava apenas conquistando o espaço dela”, desabafou a tia, Rosa Gama, de 51 anos.

Fonte: Site G1

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