O pedido dos advogados dos músicos e do policial foi acatado
pelos desembargadores da 2ª Turma da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de
Justiça da Bahia, que alegaram que os acusados não têm antecedentes criminais e
possuem residência fixa para conceder o benefício.
Segundo o advogado de oito integrantes da banda, Cleber
Nunes, espera-se que eles deixem as carceragens em que estão, no interior do
Estado, até a quinta-feira. Os réus foram acusados pela promotora Marisa Jansen
Melo de Oliveira, do Ministério Público Estadual, de estupro qualificado, com
uso de "extrema violência".
Os estupros teriam ocorrido depois de uma apresentação do
grupo em uma micareta no município de Ruy Barbosa, 321 quilômetros a oeste de
Salvador, no dia 25 de agosto. As adolescentes teriam pedido para tirar fotos
com os músicos e foram levadas para dentro do ônibus da banda, onde alegam ter
sofrido os abusos.
O PM, lotado em Salvador e convidado pela banda para
acompanhar a viagem, teria ficado do lado de fora do ônibus, impedindo a
aproximação de outras pessoas. Após sair do ônibus, na madrugada do dia 26 de
agosto, as adolescentes procuraram a polícia e os acusados foram presos. De
acordo com laudos elaborados pelo Departamento de Polícia Técnica, os
ferimentos apresentados pelas jovens são compatíveis com a violência descrita
por elas e uma das adolescentes era virgem antes da agressão. Elas estão sob
proteção do Estado desde a denúncia.
A perícia também encontrou sêmen nas roupas das duas jovens
e de alguns músicos. Segundo nota emitida pela Polícia Civil, a quantidade de
material coletado é "bastante superior ao que seria possível atribuir a
uma, duas ou até três pessoas".
O DPT agora analisa o material genético para determinar os
autores das agressões - segundo as vítimas, nenhum dos músicos usou
preservativos nos atos. Dois integrantes da banda confirmam ter se relacionado
com as jovens, mas com o consentimento delas. Os outros negam as acusações.
Fonte: Site JusBrasil
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