Corpo da vítima, desaparecida há
três anos, foi encontrado em fossa em Montenegro
A Polícia Civil está convencida de que o marido de Márcia
Andréia Longhi, que desapareceu há três anos em Montenegro, foi responsável
pela morte da jovem de 22 anos. “É óbvio que não convence a versão apresentada
por ele. Temos a certeza e convicção, com base em outras provas coletadas ao
longo do inquérito, que ele (o marido) teve participação efetiva nesse
homicídio”, declarou o titular da Delegacia de Montenegro, delegado Marcelo
Farias, em entrevista a Rádio Guaíba neste sábado.
Crédito: Reinaldo Ew / Jornal Ibiá / Divulgação / CP
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Conforme o delegado Farias, o crime pode ter origem
passional. “A motivação ainda não está clara. O marido imputou a prática
criminosa a outro homem que já está morto. Mas nós já temos vários indicativos
que apontam que ele tinha ciúmes dela e acabou praticando esse crime”,
ponderou. O delegado espera concluir o inquérito policial na semana que vem e
encaminhá-lo à Justiça.
O crime chocou os moradores do município do Vale do Caí.
Nessa madrugada, o corpo da jovem foi
encontrado escondido sob o piso de uma residência nos fundos da casa da mãe de
Marcelo André Petry, 37 anos, marido de Márcia. Ele admitiu participação na
ocultação, mas negou ser o autor do assassinato. Depois de três anos de
investigação e após receber uma denúncia anônima, a polícia montou uma operação
nessa sexta-feira, ocasião em que Petry apontou a fossa séptica desativada, a
dois metros de profundidade, onde o cadáver foi descartado.
O corpo estava enrolado em um cobertor e envolvido com
cordas. Além disso, foram derramados cinco sacos de cal sobre o corpo, com
objetivo de despistar provas que pudessem surgir ao longo da decomposição.
“Como o local era úmido, a presença desse cal acabou mumificando o corpo, que
está praticamente intacto”, disse o delegado. Na época do crime, o casal tinha
um filho de um ano.
Para a polícia, a vítima foi morta na casa em que o casal
vivia. O marido chegou a registrar uma ocorrência informando o desaparecimento
da jovem. Ele disse que suspeitava que Márcia havia fugido para Santa Catarina,
de onde, inclusive, teria recebido telefonemas dela. Conforme os
investigadores, as ligações eram do homem apontado por Petry como suposto autor
do crime, mas o suspeito morreu um ano após o desaparecimento da vítima.
Fonte: Site Correio do Povo
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