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sábado, novembro 24

Neonazista investigado pela Polícia Civil é condenado a 10 anos de prisão



Uma investigação da Polícia Civil sobre a agressão de um punk no centro de Porto Alegre, em 16 de setembro de 2007, produziu resultado nessa quinta-feira (22/11). Renan do Amaral Pereira foi condenado pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado, formação de quadrilha e incitação ao racismo. Outras seis pessoas teriam participado da ação, porém, somente uma adolescente, na época com 17 anos, foi identificada.

Segundo o delegado Paulo Cesar Jardim, trata-se de um julgamento inédito. "Pela 1ª vez no Brasil, um neonazista senta no banco dos réus e é julgado por um júri popular", declarou Jardim. O outro réu citado no processo aguarda a decisão em liberdade.

Segundo o delegado Jardim, responsável pelas investigações aos crimes de intolerância na Polícia Civil, a polícia encontrou, na residência de Pereira, material de divulgação neonazista. Também foi identificada movimentação do grupo do qual ele fazia parte, o White Power Sul Skins, em sites de relacionamento.

Skinheads

De acordo com Jardim, não é de hoje que o RS enfrenta comportamentos de intolerância e preconceitos raciais neonazistas. Na década de 30, conta Jardim, o movimento nazista se instalou com a benevolência do governo brasileiro, o qual, somente na undécima hora do início da II Guerra Mundial decidiu apoiar as forças aliadas e combater o nazismo Hitleriano.

Jardim explica que atualmente, mais precisamente no início do ano 2000, surgiu aqui no Estado o movimento de um grupo de jovens que se denominavam "Skinheads", cuja filosofia, doutrina e ações identificavam-se com a ideologia de Adolf Hitler. Conforme Jardim, eles têm como inimigos judeus, negros e homossexuais. Também tem como inimigos integrantes do movimento Punk, rixa decorrente da própria origem histórica do movimento Skinhead. Defendem a supremacia da raça branca.

A Polícia Civil gaúcha já instaurou inúmeros inquéritos policiais, prendeu vários deles e indiciou tantos outros. Os detidos se consideram "presos políticos", explica Jardim. Atualmente, há vários integrantes do movimento gaúcho condenados em primeiro e segundo graus e/ou com prisão preventiva decretada. Segundo Jardim, em breve haverá julgamento pelo Tribunal do Júri local dos crimes dolosos contra a vida, especificamente de homicídio tentado.

Conforme Jardim, a polícia sabe que não está combatendo gangues de marginais, e sim uma ideologia.

Fonte: Site da Polícia Civil do RS

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