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quarta-feira, julho 10

Caso Boate Kiss: audiência com sobreviventes tem 2 depoimentos cancelados


Inicialmente marcada para 9h30, atividade começa às 14h em Santa Maria.
Quarto dia de audiências na Justiça de Santa Maria teve 5 depoimentos.

Dois depoimentos da quinta audiência com sobreviventes do incêndio na boate Kiss, ocorrido em 27 de janeiro em Santa Maria, foram cancelados, informou o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Seis pessoas que estavam na casa noturna no momento da tragédia que causou 242 mortes vão prestar o relato ao juiz Ulysses Louzada a partir das 14h desta quarta-feira (10) no Salão do Júri, no Foro da cidade gaúcha. Inicialmente, as audiências de Gabriel Klein Lunkes e Rodrigo Souza da Silveira estavam previstas para as 9h30.

Cada depoimento tem duração estimada de meia hora, mas alguns duram mais. Os sobreviventes respondem às perguntas de Louzada, do promotor do Ministério Público, dos assistentes de acusação e dos advogados responsáveis pela defesa dos réus.

São acusados de homicídio doloso, na modalidade dolo eventual, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, o produtor do grupo, Luciano Bonilha Leão, e os sócios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann. Os dois primeiros compareceram à sessão desta terça-feira, na qual cinco jovens prestaram depoimento. A participação dos réus é facultativa.

A quarta audiência teve cinco depoimentos nesta quarta-feira (9), no Salão do Júri do Fórum de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Dois clientes e uma ex-funcionária da casa noturna estimaram que havia cerca de 1 mil pessoas na casa no momento do incêndio. Dois estudantes de agronomia na UFSM, que estavam entre os responsáveis por vender ingressos, afirmaram que não havia limitação no número de entradas. “Quanto mais (ingressos vendidos), melhor. Em nenhum momento foi estipulado um limite”, disse Emilio Buchanelli Bernich, o quarto a depor.

Ex-funcionária da casa noturna Katia Giane Siqueira disse que em outra ocasião a casa já recebeu um total de 1.117 pessoas, porém não especificou se todas elas chegaram a ocupar o local ao mesmo tempo. 

Comparando o público da noite referida e o da tragédia, ela afirmou que na madrugada de 27 de janeiro havia “um pouco mais”. “Nos fundos do bar, na área VIP, era um pouco mais gente", disse Katia.
Ela afirmou ter sido contratada para trabalhar na casa noturna pela irmã de um dos sócios acusados de homicídio doloso, Elissandro Spohr, o Kiko, e confirmou que no local era servido bebidas com um artefato pirotécnico preso na garrafa.

A audiência desta terça também teve oitivas canceladas. Dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, o guitarrista Rodrigo Lemos Martins e o baterista Eliel Bagesteiro de Lima, serão ouvidos em Rosário do Sul. Também foram adiados os depoimentos de Caroline Garcez Pereira, que mora em Santa Catarina, e Ruan Bolzan Martins, que falará em Porto Alegre. Bruno Rupollo Grethe não compareceu.


Fonte: Site G1 RS

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