Por: Cíntia Piegas e
Igor de Campos para Diário Popular
Assassinatos de Edelmar
Couto (2003) e Satalha Rocha (2009) voltam a ser investigados
Dois assassinatos que causaram impacto à época em que foram
cometidos deixam as prateleiras da Polícia Civil para serem revirados pelo
Ministério Público (MP). Depois de Luana Pepe, o promotor de Justiça José Olavo
Bueno de Passos tenta desvendar as mortes de Satalha Pinto da Rocha, enterrada
viva aos 19 anos, em abril de 2009. Outro arquivo desenterrado é do bancário
Edelmar Couto, cujo corpo foi encontrado no Totó em junho de 2003. Ele tinha 58
anos na época do crime.
“Assumi a Promotoria do Júri com o propósito de remexer
casos que tiveram grande repercussão na cidade e que consideramos graves”,
justificou Olavo Passos. A equipe do promotor analisou os inquéritos, que estavam
sob responsabilidade da 2ª Delegacia de Polícia. O caso Satalha não chegou a
ser arquivado. O de Couto, sim.
“Vamos buscar uma nova visão”, assinalou o promotor. Os
casos agora estão com a Justiça Criminal - que decide se irá autorizar o pedido
do MP para a realização de novas diligências.
A investigação sobre o assassinato de Satalha, na época,
estava a cargo do delegado Félix Rafanhim - hoje à frente da Delegacia de
Homicídios. “Pedimos a interceptação telefônica que não deu certo. Depois
solicitamos a quebra de sigilo”, lembrou. Rafanhim foi titular da 2ª DP até
2010. O delegado lembra que o caso apontava para um suspeito. No entanto, não
havia provas que levassem a polícia à época a pedir prisão preventiva.
Com a Justiça
O primeiro assassinato que parecia ficar sem solução foi o
de Luana Pepe, desaparecida e morta entre os dias 7 e 10 de maio de 2011. O
Ministério Público remexeu nas investigações e dois suspeitos estão presos. O
promotor Olavo Passos informou que já saiu a citação de ambos e os advogados
têm até hoje para apresentar a defesa. “Depois será marcada a audiência de
inquirição das testemunhas.”
Relembre os casos
Satalha Pinto da Rocha desapareceu no dia 19 de abril de
2009. Ela foi enterrada viva em uma cova após ser asfixiada pelos criminosos,
em local próximo ao camping do Totó. Seu corpo foi encontrado oito dias depois.
A motivação do crime seria uma suposta dívida de R$ 30 mil. A mãe da jovem, em
principio, não desconfiou de nada, pois Satalha costumava ficar longe de casa
por longos períodos. Porém, um homem, que se autointitulou Febre, começou a
entrar em contato com familiares por meio de mensagens telefônicas e após ter
cobrado o valor da dívida admitiu ter matado a jovem. Ele indicou aos
familiares onde tinha enterrado o corpo. Após o crime, seguiu em contato com os
parentes da vítima, elevando o débito para R$ 50 mil e ameaçando sequestrar
outros membros da família de Satalha.
Bancário
Outro caso diz respeito à morte do bancário aposentado
Edelmar Couto. No dia 1º de julho de 2003, por volta das 9h, o corpo dele foi
encontrado por um pintor no Balneário dos Prazeres, Laranjal, com um ferimento
na nuca. Dentro do carro, encontrado próximo à cena do crime, havia um coldre
vazio, posteriormente reconhecido por familiares como de um revólver calibre 32
que a vítima possuía. Couto foi encontrado com relógio, aliança e cartões de
crédito, o que fez a polícia descartar, na ocasião, a hipótese de latrocínio.
Fonte: Diário Popular
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