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sábado, outubro 2

Morte de menino em Escola Adventista na cidade de Embu - São Paulo

A polícia ouviu nesta sexta-feira (1º) os pais de uma criança que pode ter disparado o tiro que matou o colega, de 9 anos, dentro da escola, em Embu, na Grande São Paulo. Outra família contou em depoimento que o perigo rondava a sala de aula havia algum tempo.
Em busca de informação sobre o tiro que matou Miguel Cestari dos Santos, dentro da escola, a polícia já ouviu mais de 40 pessoas. No fim de cada depoimento nesta sexta, os pais de alunos fizeram desabafos.
Para mim é um choque pensar que poderia ter sido o meu, mas graças a Deus ele não viu nada, sabe”, disse uma mãe de aluno.
O depoimento de uma funcionária da escola reforçou a suspeita da polícia de que o tiro pode ter sido disparado por um aluno com problemas familiares, provavelmente por acidente.
Os pais desta criança já foram à delegacia e negaram que o filho tivesse levado uma arma para a classe. Mas outra família contou à polícia que o perigo rondava a sala de aula havia meses. A avó de um aluno disse que, em agosto, o neto levou uma bala de revólver para casa. Na época, a escola foi comunicada oficialmente.
“Ele mostrou, não sabia o que era, parecia um brinquedo, né? Ele falou: ‘Olha, vó! Apareceu no meu estojo e ninguém sabe de quem é’. Aí, o meu genro estava do lado e falou: ‘Isso deve ser uma bala, uma coisa que é muito perigosa, não deixa na mão dele’”, contou Célia Burim.
“Nós fizemos uma comunicação formal. A professora deu ciência na agenda dele, mas não deu nenhum retorno”, completou Nivaldo Burim, avô do aluno.
Nesta sexta-feira, na primeira vez que falaram sobre a tragédia, os pais de Miguel reforçaram a denúncia. Roberta, a mãe, disse que um aluno da mesma sala ofereceu ao filho dela um presente estranho.
“’Mãe, tem um amiguinho da escola que ele quer me dar uma bala de revólver’. E ele pediu permissão: ‘Se eu perguntasse para você, se você deixaria, ele me dar essa bala. E depois que ele falou isso, ele falou se você deixa ele me dar uma arma'”, contou Roberta Cestari, mãe de Miguel.
“Eu sempre chorei quando via um pai na televisão passando por isso e não quero que aconteça com ninguém porque é pior quando é com a gente. A única coisa que a gente gostaria de saber é como um pai tem uma arma e deixa o acesso ao filho. Joga fora isso aí que não presta para ninguém”, desabafou Dênis Ricce dos Santos, pai da vítima.
Em nota, a Escola Adventista de Embu disse que colocou à disposição dos pais de Miguel assistência psicológica e econômica e que os professores e funcionários estão colaborando - voluntariamente - com as investigações.
{Fonte: Site G1}

5 comentários:

Anônimo disse...

Senhores leitores, gostaria de ressaltar que o acontecimento nos deixou estarrecidos, mas hoje em dia a educação familiar foi "transferida" para os sistemas de ensino. Percebemos que a realidade é de pais ausentes em todos os momentos da vida das crianças. Nós pais, somos responsáveis pelo desenvolvimento global do nosso filho. Que possamos proporcionar a ele o que merece e tem direito. A liberdade de ser criança e tornar um adulto bem sucedido.

Anônimo disse...

Magnolia
Minha filha estuda na rede Adventista de Ensino...
Infelismente este fato que ocorreu e mais um em nossa sociedade onde a familia e esquecida, onde o lar se tornou apenas um posto de abastecimento...onde as crinaças so veem os pais nos fins de semanas e olhe la hein...Pais,maes precisamos gastar mais tempo com nosos filhos....

Prpfessora Frans disse...

Sinti muito ter acontecido tal fato em uma de nossas instituições. Pois já trabalhei nas escolas e colégios Adventistas e conheço a filosofia,dimensão e esmero com que trabalham esses ministros. Hoje sou gestora de uma escola pública e sei o quanto nos sentimos impotentes diante de algumas situações que muitas vezes fogem do nosso controle. Por exemplo, lidamos com diferentes personalidades, gênios e temperamentos; famílias desestruturadas que muito cedo perdem o controle dos filhos. Estamos diante de indivíduos armados e que a lei proíbe revistar os materiais escolares. A não ser, a polícia com autorização do juíz. Corremos riscos todos os dias! Somos vítimas de crianças e jovens que sentem-se despresados e rejeitados pelos próprios pais. Sofri muito pelos pais que perderam o que tinham de mais precioso. Que nós educadores não sejamos negligentes diante de alguns indicadores. Vamos repensar a nossa prática! Espero que o nosso Deus esclareça o mais rápido possível o que aconteceu de verdade.

Anônimo disse...

A escola tem sim suas responsabilidades. Não é somente dos pais de alunos. A escola deveria ter inspetores de alunos, professores acompanhando essas crianças (que tem só 9 anos). Dizem que a classe tem mais de 40 alunos! A R$ 850,00 por aluno, vejam o ganho. Porque alteraram a cena do crime? Essa história está muito, muito mal contada...

Anônimo disse...

Lamentamos profundamente o ocorrido. Foram duas vítimas, a que perdeu a vida de fato, e a pobre criança que, por acidente, acertou e matou o amiguinho, pois, certamente, vai levar essa marca na alma. Minha solidariedade aos pais do Miguel. É preciso rever a lei, e se permitir revistar mochilas das crianças.