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quarta-feira, novembro 17

Caso Eliza Samúdio: em audiência, noiva de Bruno confirma ter sido ameaçada

A dentista Ingrid Oliveira, que se diz noiva do goleiro Bruno Fernandes, foi a primeira testemunha a depor na tarde desta quarta-feira no 4º Tribunal do Júri, no Rio de Janeiro, em audiência sobre a morte de Eliza Samudio, ex-amante de Bruno.

Eliza Samudio e Bruno Fernandes; goleiro é acusado pelo desaparecimento da ex-amante, vista pela última vez em junho .

Durante aproximadamente 20 minutos, Ingrid confirmou o depoimento que deu no dia 14 de outubro ao Ministério Público de Minas Gerais, em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte). Ela voltou a afirmar foi ameaçada pelo advogado do goleiro, Ércio Quaresma.

No dia 18 de outubro, em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, a dentista disse que gravou uma conversa com o defensor na qual ele a ameaça em seu consultório em Jacarepaguá (zona oeste do Rio). O vídeo foi divulgado no programa. Dias depois, Quaresma afirmou que a jovem atrapalha a defesa do goleiro. Durante o depoimento, Ingrid afirmou que não tem acesso a esse vídeo.

Durante a ameaça, Ingrid disse que o advogado falou sobre Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, outro acusado pelo desaparecimento de Eliza Samudio. "Ele é meu amigo só há 20 anos, só há 20 anos. Sabe, eu brinco que quem ensinou ele a fazer as coisas fui eu. Eu sou mais velho que ele na polícia", diz o advogado sobre Bola na gravação. Segundo Quaresma, nesta conversa, ele se referia ao fato de ter ensinado Bola a "a atirar, a investigar, a perguntar", teria dito Quaresma a ela.

Ingrid também disse que já teria visitado Bruno na cadeia entre "oito ou nove vezes". E que, nestas visitas, o goleiro teria dito que tinha esperança que Eliza estivesse aparecesse, mas que em nenhum momento esboçou ter ideia de onde Eliza pudesse estar.
Após ouvir a dentista, a juíza Elizabeth Louro ouviu Fábio José Alves de Moraes, responsável pela locação de quartos de um hotel na Barra da Tijuca onde Eliza ficou hospedada antes de ir para Minas Gerais com Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Segundo o depoimento do funcionário, foi Macarrão quem pagou a conta da jovem no hotel.

Em seguida, Milena Baroni Fontana, amiga de Eliza, foi ouvida. Milena, assim como em depoimento anterior no Rio, afirmou que Eliza contou a ela que foi agredida e teve o cabelo puxado. Bruno, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e outras duas pessoas teriam participado das agressões e estariam armados.

De acordo com o TJ-RJ, 11 pessoas seriam ouvidas hoje e os depoimentos serão enviados à Justiça de Minas Gerais, onde é investigada a morte de Eliza.

A Justiça de Minas Gerais concluiu os interrogatórios dos réus, mas ainda precisa ouvir três testemunhas. A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues deve decidir até dezembro se os acusados vão, ou não, a júri popular.
(Fonte: Folha on Line)

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