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sábado, agosto 4

Judiciário promete mais segurança em fóruns para evitar roubo de armas


Nos últimos três meses, pelo menos 275 armas foram roubadas no estado.
Armamento precisa ficar guardado enquanto duram os processos penais

O Judiciário do Rio Grande do Sul promete reforçar a vigilância nos fóruns que guardam armamentos no interior do estado. Nos últimos três meses, pelo menos 275 armas foram roubadas desses locais e foram parar nas mãos de bandidos, como mostra a reportagem do RBS Notícias (veja o vídeo).

Nesta semana, 148 armas foram levadas de fórum
de Bom Jesus (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
Apenas uma pequena parte foi recuperada.

Antes, a responsabilidade de guardar o armamento apreendido com criminosos era da Divisão de Armas da Polícia Civil. Desde 2009, essa responsabilidade passou a ser da Justiça. Depois da perícia, as armas são encaminhadas para unidades do Poder Judiciário.

Segundo o delegado, o furto destes armamentos significa trabalho dobrado para a polícia. “A gente lamenta que essas armas retornem para o crime. A polícia vai ter que buscar a autoria e trazer novamente essas armas para apreensão, aprendê-las e tirar de circulação”, destaca.

O último caso ocorreu em Bom Jesus, na Serra, no dia 26 de julho. A polícia divulgou que ladrões levaram 148 armas do Fórum do município, entre revólveres, pistolas e espingardas. Caso semelhante aconteceu em maio na comarca de São José do Ouro, na Região Norte, quando 127 armas foram levadas. Apenas 50 foram recuperadas.

A própria Justiça gaúcha afirma que está trabalhando para reforçar a segurança nos fóruns. Mas o problema, segundo o Judiciário, é que as armas precisam ficar guardadas enquanto duram os processos penais.

“Acontece que, eventualmente, em função de audiências, de juris, de atos processuais, é necessário que o armamento seja levado, seja mostrado. Aí ele fica exposto.

Infelizmente não temos, com a legislação que existe, como escapar disso”, afirma o presidente do Conselho de Comunicação do Tribunal de Justiça, Túlio Martins.

De acordo com o Estatuto do Desarmamento, depois de encerrado o processo judicial, as armas de fogo e munições apreendidas durante inquérito policial devem ser entregues ao Exército para serem destruídas. Antes da entrada em vigor da lei, em 2003, esse armamento poderia ser repassado às forças policiais para uso em serviço.

Fonte: Site G1

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