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terça-feira, novembro 13

Perícia em arma não conclui se idosa de 87 anos matou invasor no RS



Odete Prá garante que matou homem que invadiu seu apartamento.
Polícia não descarta que outra pessoa na residência tenha dado os tiros.

A Polícia Civil de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, recebeu do Instituto-geral de Perícias, nesta terça-feira (13) o resultado de uma nova perícia que integra o inquérito que apura a morte do assaltante Márcio Nadal Machado, o Cachorrão, de 33 anos.

Idosa diz que atirou em invasor dentro de casa
(Foto: Reprodução/RBS TV)
O homem foi supostamente morto pela aposentada Odete Prá de 87 anos. Ele invadiu o apartamento da idosa no final da tarde de 9 de julho, na área central de Caxias, e foi morto com três tiros. Odete disse que atirou contra o criminoso.

A perícia encaminhada ao 2º Distrito Policial foi feita no revólver calibre 32, da marca Smith & Wesson, que foi usado para matar o invasor. A análise foi realizada para determinar a pressão necessária que deve ser empregada no gatilho para que a arma seja acionada. Segundo a família, a arma estava guardada há mais de 30 anos em um armário no quarto da aposentada. A polícia queria saber se a idosa teria força suficiente para conseguir fazer os disparos.

Entretanto, de acordo com delegado Joigler Paduano, o resultado não foi conclusivo para a investigação. O delegado prefere não adiantar quais serão os próximos passos da investigação. O inquérito segue aberto e não tem data para ser concluído. Uma das linhas da investigação é que a idosa não estaria sozinha no apartamento quando ele foi invadido pelo assaltante.

Em outubro, a Polícia Civil recebeu o resultado do teste residuográfico. O exame procura na pele vestígios de chumbo, bário e antimônio. Os dois metais e o semimetal podem ser encontrados na pele de quem atira com uma arma de fogo.

Porém, no caso de Odete, o resultado foi negativo, mesmo com a aposentada alegando não ter lavado as mãos e a perícia assegurando que a coleta foi feita menos de uma hora após os disparos. Entretanto, de acordo com o IGP, o teste negativo não afasta totalmente a possibilidade de a idosa ter atirado.

"Não me arrependi, mas não queria ter feito"

A atitude da idosa ganhou repercussão nacional. Em entrevista ao Fantástico, Odete contou como teria feito os disparos. "Não me arrependi, mas não queria ter feito", disse a idosa. A mulher disse que pensou ser o neto em seu quarto.

"Eu estava só observando, falando com ele carinhosamente, pensando que era o meu neto. Ele não me dava confiança.

Quando saiu de costas eu percebi que não era meu neto. Levantei sem aparelho, sem óculos, sem muleta, sem nada. Eu entrei no quarto e olhei o lugar da arma, estava tudo intacto. Fui à procura dele (do assaltante).

Quando ele levantou os braços eu vi que ele ia saltar em mim. Foi o momento em que eu dei o primeiro tiro", relata.

Fonte: Site G1 RS

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