Odete Prá garante que matou homem
que invadiu seu apartamento.
Polícia não descarta que outra
pessoa na residência tenha dado os tiros.
A Polícia Civil de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do
Sul, recebeu do Instituto-geral de Perícias, nesta terça-feira (13) o resultado
de uma nova perícia que integra o inquérito que apura a morte do assaltante
Márcio Nadal Machado, o Cachorrão, de 33 anos.
Idosa diz que atirou em invasor dentro de casa (Foto: Reprodução/RBS TV) |
O homem foi supostamente morto pela aposentada Odete Prá de
87 anos. Ele invadiu o apartamento da idosa no final da tarde de 9 de julho, na
área central de Caxias, e foi morto com três tiros. Odete disse que atirou
contra o criminoso.
A perícia encaminhada ao 2º Distrito Policial foi feita no
revólver calibre 32, da marca Smith & Wesson, que foi usado para matar o
invasor. A análise foi realizada para determinar a pressão necessária que deve
ser empregada no gatilho para que a arma seja acionada. Segundo a família, a
arma estava guardada há mais de 30 anos em um armário no quarto da aposentada.
A polícia queria saber se a idosa teria força suficiente para conseguir fazer
os disparos.
Entretanto, de acordo com delegado Joigler Paduano, o
resultado não foi conclusivo para a investigação. O delegado prefere não
adiantar quais serão os próximos passos da investigação. O inquérito segue
aberto e não tem data para ser concluído. Uma das linhas da investigação é que
a idosa não estaria sozinha no apartamento quando ele foi invadido pelo
assaltante.
Em outubro, a Polícia Civil recebeu o resultado do teste
residuográfico. O exame procura na pele vestígios de chumbo, bário e antimônio.
Os dois metais e o semimetal podem ser encontrados na pele de quem atira com
uma arma de fogo.
Porém, no caso de Odete, o resultado foi negativo, mesmo com
a aposentada alegando não ter lavado as mãos e a perícia assegurando que a
coleta foi feita menos de uma hora após os disparos. Entretanto, de acordo com
o IGP, o teste negativo não afasta totalmente a possibilidade de a idosa ter
atirado.
"Não me arrependi, mas não queria ter feito"
A atitude da idosa ganhou repercussão nacional. Em
entrevista ao Fantástico, Odete contou como teria feito os disparos. "Não
me arrependi, mas não queria ter feito", disse a idosa. A mulher disse que
pensou ser o neto em seu quarto.
"Eu estava só observando, falando com ele
carinhosamente, pensando que era o meu neto. Ele não me dava confiança.
Quando saiu de costas eu percebi que não era meu neto.
Levantei sem aparelho, sem óculos, sem muleta, sem nada. Eu entrei no quarto e
olhei o lugar da arma, estava tudo intacto. Fui à procura dele (do assaltante).
Quando ele levantou os braços eu vi que ele ia saltar em
mim. Foi o momento em que eu dei o primeiro tiro", relata.
Fonte: Site G1 RS
Nenhum comentário:
Postar um comentário