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quinta-feira, julho 11

Ato lembra 23 anos do ECA e critica redução da maioridade penal

Ato público da Frente Parlamentar dos Direitos Humanos comemorou na quarta-feira (10) os 23 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei 8.069/90).

Com a presença de entidades ligadas à infância, parlamentares contrários ao aumento de penas para menores infratores e à redução da maioridade penal cobraram mais investimentos em políticas públicas para tirá-los da criminalidade.

A coordenadora da frente, deputada Érika Kokay (PT-DF), condenou os governantes que não aplicam verbas para retirar crianças e adolescentes das ruas. "Se o ECA se transformasse em realidade e nós pudéssemos penalizar todos os governantes que estão em conflito com a lei (que não cumprem o que determina a lei), nós teríamos uma sociedade onde não seria necessária nenhuma unidade de internação e de medidas socioeducativas. Nós teríamos uma sociedade mergulhada na paz."

Segundo Kokay, boa parte dos menores infratores nascem em famílias pobres, mas vivem numa sociedade que celebra o consumismo. "O adolescente está entrando em conflito com a lei por crime contra o patrimônio. Muitas vezes para conseguir objetos pessoais. O crime contra patrimônio é a grande tipologia que tem levado o adolescente a entrar em conflito com a lei. O crime contra o patrimônio é uma resposta à sociedade que diz, todos os dias, para esse adolescente que ele tem que consumir para ser reconhecido por ela mesma. "

Planejamento familiar
O deputado Glauber Braga (PSB-RJ) acha que o planejamento familiar seria uma boa política para evitar filhos abandonados à própria sorte e consequentemente a criminalidade infanto-juvenil. "A partir do momento em que existe a informação, o sistema público de saúde pode garantir, através inclusive de seus profissionais, um planejamento familiar adequado. Isso é possível e a gente pode avançar mais no que diz respeito a esse ponto, mas sem partir mais uma vez para uma onda conservadora. Uma onda progressista necessariamente parte como primeiro ponto a informação como direito essencial."

Glauber Braga lembrou que outra solução seria o alistamento militar obrigatório para menores em conflito com a lei. "Eu diria que a criança, o adolescente, o jovem tem que ter a oportunidade, o acesso e a garantia aos direitos. As forças armadas podem exercer um papel importante nesse sentido."

O Grupo Mapati de teatro fez apresentação sobre o tema durante o ato.


Fonte: Agência Câmara de Notícias

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