Entre 2002 e agosto deste ano, a Força-Tarefa de Combate aos
Jogos Ilícitos apreendeu 50.630 máquinas caça-níqueis em operações pelo Rio
Grande do Sul. Em valores, o montante corresponde a cerca de R$ 50 milhões.
Foram fechadas 2.567 casas de jogos (dez delas lacradas mais de 15 vezes) e 183
bingos.
Nesse mesmo período, 21 bancas de jogo do bicho foram desativadas. Nas
ações, os valores apreendidos somam R$ 4,7 milhões. Apenas entre 2011 e 2013, a
Força-Tarefa movimentou 19.665 processos judiciais.
Além disso, em agosto deste
ano, em parceria com a Promotoria de Justiça de Habitação e de Defesa da Ordem
Urbanística, foram ajuizadas oito ações civis públicas para cessação da
exploração de jogo de bingo em Porto Alegre. Os dados foram repassados à
imprensa nesta quarta-feira, 4, pelo Procurador-Geral de Justiça, Eduardo de
Lima Veiga, pelo Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais,
Marcelo Dornelles, e pelo Coordenador da Força-Tarefa, José Francisco Seabra
Mendes Júnior.
Com esses resultados, a Força-Tarefa encerra seu ciclo. Ela
foi criada em dezembro de 2002, já que o combate aos jogos ilícitos foi,
naquele ano, uma das metas estipuladas pelo Grupo Nacional de Combate às
Organizações Criminosas (GNCOC). “Temos um saldo bastante positivo, inclusive
de investigações, que seguirão em trâmite no MP, com relação à possibilidade de
lavagem de dinheiro através da exploração de jogos de azar”, explicou o
Promotor de Justiça José Francisco Seabra, que coordenou a Força-Tarefa desde
2009.
Eduardo de Lima Veiga ressaltou a importância do trabalho
realizado. “Como não há mais dúvida jurídica de que a exploração de jogos de azar
se trata de uma contravenção, não há mais motivo para que o MP substitua o
trabalho da Brigada Militar e da Polícia Civil”, reiterou o Procurador-Geral de
Justiça. “Essa força de trabalho se justificou ao longo dos anos, mas agora,
como a atividade já se tornou corriqueira de Polícia, iremos atuar no combate
ao crime organizado que se utiliza dos jogos para lavar dinheiro”, explicou.
Segundo José Francisco Seabra, o Projeto Alquimia, que
realiza o recondicionamento das máquinas caça-níqueis em programas de inclusão
social, seguirá suas atividades. “Temos 15 núcleos do Projeto, que será
realizado pelas Promotorias de Justiça das cidades que já desenvolvem as
atividades”, frisou.
Fonte: Site do MPRS
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